É preocupante que uma resposta encontrada com muita frequência para esta pergunta diga respeito ao fato de que a força de trabalho tradicional esteja envelhecendo e se aproximando da aposentadoria. Segundo os defensores deste tipo de resposta, tal fato torna crítico "o processo de transferência e captura de conhecimento para a operação sustentada dos processos considerados chaves".
De novo, precisamos destacar que a ênfase aqui é na captura e transferência de conhecimento. O conhecimento visto como uma coisa que pode ser capturada e transmitida.
Este tipo de resposta está alinhada com a irritante insistência com que algumas pessoas interpretam a expressão Gestão do Conhecimento da forma que elas imaginam que seria ao pé da letra. Na imaginação de muitos que se propõe a gerir o conhecimento, mas nunca tiveram a oportunidade ou a necessidade de lidar com conhecimento de verdade, o conhecimento pode sempre ser codificado e, uma vez codificado, pode ser tubalizado goela abaixo de qualquer um, menos deles próprios, é claro.
Um erro muito comum é se pensar o conhecimento tácito como um conhecimento que ainda não foi explicitado.
O conhecimento tácito é aquele que não pode ser diretamente explicitado por um único indivíduo, caso contrário não seria tácito, por definição. A conversão do conhecimento tácito em explícito se faz em processos sociais de conversão.
Não importa quanto conhecimento explicitado colocado na forma de conteúdos (informação) você seja capaz de armazenar, isto não garante que o conhecimento vá ser construído, nem sua qualidade.
Pensar em Gestão do Conhecimento como uma forma mais requintada de Educação Corporativa é desperdiçar o enorme potencial para as empresas escondido em usar o conhecimento organizacional como um ativo.
Forte abraço
Fernando Goldman
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4 comentários:
Fernando
No post é enfatizado o que o conhecimento/gestão do conhecimento não é.
É uma forma de construir conhecimento por delimitação.
Se a conceituação é difícil, imagine para nós, os leitores ocasionais.
Poderías apresentar alguns exemplos pelo lado do que as coisas são, por exemplo: o que é que uma gestão de conhecimento deveria conter para poder ser considerada como tal?
Vou colocar o que me vem assim de imediato:
Gestão de conhecimento em uma empresa moderna, global, deveria ter:
1 -Facilitação para o aprendizado de inglês.
Imagine o corpo técnico podendo utilizar normas americanas ou européias ( APIs, ASMEs, ISOs DINs etc....)sem ter que ir ao dicionário.
2 -Facilitação do aprendizado de softwares que são usados ( sair do famoso feijão-com-arroz) na empresa.
3 -Mudar o conceito de treinamento, em vez de considerarem o mesmo um custo/despesa passarem a vê-lo como investimento.
4 -Em vez de mandar para o treinamento apenas o amigo do rei, mandarem as equipes de prática. Há a necessidade de teres "peers" por perto para poderes revolver um assunto não trivial.
Podem/devem riscar o que acham que não é pertinente.
Vamos aumentar a lista!
Deixando fluir mais um pouco.
A - Incentivar a discussão de cenários locais, institucionais e até globais.
B - Tomar a questão da sustentabilidade a sério (é um tema complexo), pois vai afetar todo mundo.
C - Que políticas deveriam ser adotadas para captar e reter as melhores cabeças para a nossa organização.
D - Olho vivo nos concorrentes e no mercado.
Mais umas gotinhas...
E- O que fazer para ser /ter as mentes mais espertas do mercado?
F - Como fazer para dirigir o futuro de seu mercado, como reinventálo?
G - Coma ameaça da China, quais os parâmetros a não perder de vista para não sofrer um "take-over"?
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