sábado, 29 de março de 2008

Idéia Luminosa

Prezados

Minha amiga Mª Teresa, autora de uma das crônicas mais criativas que eu já li, enviou e-mail, para nosso grupo da Oficina das Crônicas, com um link espetacular e provoca:

"Imagina se o povo brasileiro tivesse educação e saúde de qualidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!"

O link é : http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM681129-7823-LITROS+DE+LUZ,00.html

Mª Tereza, esse blog aqui é sobre Gestão do Conhecimento Organizacional e o filme que você nos indica o link é Inovação pura. Inovação criada no âmbito de uma micro-empresa, onde certamente não há educação corporativa, como acontece nas grandes organizações.

O mais difícil da Gestão do Conhecimento Organizacional é mostrar para as pessoas que o único objetivo dela é viabilizar a Inovação, a criação de novos conhecimentos. Enfim, o Aprendizado Organizacional.

Você não imagina o quanto eu tenho andado por aí, vendo uns homens de terno e gravata discutindo a inovação no país, criando regras e leis para estimular a inovação nas empresas brasileiras, dizendo que o futuro do Brasil depende da inovação e criando programas milionários, com nosso dinheiro, em cima do discurso da Gestão da Inovação, sem perceber que o discurso deles é que precisa ser inovado e com urgência.

Bastaria acabar com a perda de tempo e energia em discussões estéreis nos três poderes e , como você disse, dar educação e saúde de qualidade a esse povo, que o resto aconteceria naturalmente. Leva tempo é verdade, mas só produzirá efeito se for iniciado.

Forte abraço a todos, em especial à Mª Teresa

quarta-feira, 26 de março de 2008

Enterprise 2.0 substitui a Gestão do Conhecimento?

Prezados

“Enterprise 2.0”, segundo me dizem, é um termo cunhado por Andre McAfee, professor da Harvard Business School. Na verdade é uma web 2.0 para o mundo corporativo e uma de suas promessas é levar as informações relevantes para as pessoas que deles precisem, usando blogs, wikis e outras ferramentas do gênero.
Para uma excelente e sucinta apresentação sobre o assunto acesse: http://www.slideshare.net/absolutesubzero/community-management .
Um dos aparentes e bem alardeados benefícios da Enterprise 2.0 é garantir que o conhecimento não se perca, totalmente, com a saída de profissionais da empresa, uma preocupação cada vez mais presente. Outros benefícios seriam ainda reduzir custos com treinamentos e alavancar a colaboração entre os membros da organização.
Parece que aqui, mais uma vez, a falta da necessária distinção entre “informação”, conhecimento explícito e conhecimento tácito pode fazer seus estragos.
Diferente das implementações de software mais tradicionais, de cima para baixo e centralizadas, as ferramentas da enterprise 2.0 ganham força graças à expectativa de participação espontânea e colaborativa dos funcionários, como acontece, por exemplo, no Slideshare ou no YouTube.
Assim, é o interesse e a participação dos funcionários, que garantirá o sucesso. Aqui é que a porca torce o rabo, como diziam no tempo dos avós dos meus avós. Mais uma vez, as organizações precisarão resolver questões relativas a um ambiente não propício ao compartilhar conhecimento.
O próprio McAfee criou uma lista das capacidades necessárias para levar a web 2.0 para a organização(ver a apresentação citada acima) entre as quais não incluiu Gestão do Conhecimento:
  1. Busca (a informação tem de ser “buscável”);
  2. Conexões (links) devem conectar posts em blogs, wikis(páginas comunitárias na internet que podem ser alteradas por todos os usuários que têm direitos de acesso) e outros;
  3. Autoria (ferramentas simples devem permitir que qualquer um contribua e edite o conteúdo);
  4. Tagging (os usuários tem de poder classificar o conteúdo de uma forma que faça sentido para eles mesmos);
  5. Extensões (aplicações devem incluir sugestões e recomendações) e
  6. Sinalizações (tecnologias como o RSS que avisa aos usuários quando há novo conteúdo).

A enterprise 2.0, como a web 2.0, é uma conversa franca, sincera, baseada em liberdade de expressão, com a única diferença que toda organização está “assistindo”. Ao mesmo tempo que as organizações precisarão adotar esse tipo de aplicações com os naturais requisitos de segurança, privacidade e governança, é essencial que já haja na organização um espírito de compartilhamento, ou que ele seja trabalhado.

Se os funcionários não se sentirem seguros e motivados para compartilhar informações e conhecimentos ou até identificarem alguma conseqüência negativa nisso, eles ficarão relutantes em usar essas ferramentas.

Um outro aspecto importante é que as ferramentas devem ser simples o suficiente para motivar o seu uso e não aparentar um aumento de trabalho. Esse é um aspecto muito importante e que também é sempre muito mal entendido na Gestão do Conhecimento: as ferramentas devem ser simples ou ninguém vai se dar ao trabalho de usá-las, a menos que obrigado, mas aí já vira outra história.

Para funcionarem, as aplicações da enterprise 2.0 devem ser ainda muito interativas, concentrando nas mãos dos usuários a maior parte da inovação e da mudança. O que está e o que não está funcionando? Quais funcionalidades são realmente necessárias? Em muitos casos, partirão dos próprios funcionários as sugestões para que as ferramentas fiquem mais interessantes. Vale, aqui também, a velha máxima de que neste mundo em constante desenvolvimento, os produtos nunca estão prontos.

A questão então é a seguinte: Hoje, a Gestão do Conhecimento é vista como um conjunto de conceitos, métodos e técnicas para criar e dar suporte a uma cultura de colaboração e troca de informações e conhecimentos no ambiente organizacional.

Pois bem, sem uma efetiva Gestão do Conhecimento da organização a enterprise 2.0, simplesmente não funcionará.

Forte abraço

Fernando Goldman

Revisado em 31.03.2008

P/ SE CONTAR HISTÓRIAS... :oficina básica p/ adultos

Prezados
O Pólo-RJ da SBGC apóia a oficina básica p/ adultos:

P/ SE CONTAR HISTÓRIAS...

Venha descobrir seu melhor perfil p/ contar histórias.
Início dia 10 de ABRIL, no SESC Tijuca, Rua Barão de Mesquita; nº. 539, Tijuca. Info. Tel. 3238-2156 (SESC) ou 9788-0307 (Marcia)

As 5as Feiras de abril e maio (dias: 10; 17; 24; 1º; 8; 15 e 22)
Horário – de 18h às 20h e 30 min.
A 1ª aula é gratuita.

Programa:
Compreensão de valores contidos nas histórias, relacionados à mudança de mentalidade e da biodiversidade humana através dos tempos.
Analise da relação ouvinte, contador, histórias, livro, bonecos, ambientes vivências.
Estudo de mitos, fábulas, lendas contos (populares, de fada, autorais).
Estrutura das histórias e criação de contos.
O universo da sonoridade do conto.
As Principais técnicas p/ contar histórias.

Investimento: R$ 80,00
Maiores de 60 anos, professores e associados SBGC: R$ 70,00

Ministrante: Marcia Fernandes – Atriz, contadora de histórias, titeriteira (profissional do teatro de bonecos) e formada em história.

Contar histórias: prática pouco comum

Por Marcus Tavares

matéria disponível em http://www.multirio.rj.gov.br/portal/riomidia/rm_materia_conteudo.asp?idioma=1&v_nome_area=Materias&idMenu=3&label=Materias&v_id_conteudo=70675

Personagem de Monteiro Lobato, Dona Benta, para muitas gerações, foi e ainda é o ícone da avó carinhosa que instiga as crianças com suas fábulas. No Sítio do Pica-Pau Amarelo, longe de todas as tecnologias e atrações do mundo moderno, as histórias transportavam Pedrinho, Narizinho e a turma da Emília para aventuras mirabolantes. As narrativas ganhavam vida própria. E a imaginação era apenas o primeiro passo. Há muito tempo, o dia-a-dia bucólico do Sítio não encontra mais eco nas grandes cidades. O dia é curto para tantos compromissos, afazeres e responsabilidades. O que dirá para o espaço dedicado às histórias?
Não há estatísticas, mas escritores, professores e pesquisadores afirmam que contar histórias tornou-se uma prática pouco comum no cotidiano das famílias. “Embora as crianças continuem precisando de histórias para ver mais sentido na vida”, afirma Gilka Girardello, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora do projeto Ateliê da Aurora.
De acordo com Gilka, se a família já não conta mais histórias, as crianças vão buscá-las em outros lugares: na televisão, na internet, nos livros, com os amigos ou na hora do recreio. Para a professora, nenhum desses meios é essencialmente bom ou mau enquanto forma de transmissão de narrativas, mas nenhum também substitui o valor do encontro. “Muito menos do laço de afeto entre a mãe e as crianças. Entre o pai e o menino na beira da cama ou no sofá da sala, onde o adulto escolhe aquela história certinha para a criança que ama, do jeito que ela precisa”, destaca.
Para Eliana Yunes, professora do Departamento de Letras da PUC-Rio, ao deixar de contar histórias, perde-se o calor da voz, o olho no olho, a troca de palavras depois da narração que ocorria entre os mais velhos e os mais novos, “como ilustra Lobato com sua Emília interagindo com Dona Benta”.
A intimidade e a cumplicidade que as histórias proporcionam a adultos e crianças são insubstituíveis e cada vez mais necessárias. Na avaliação do escritor Bartolomeu Gomes de Queirós, quando o pai ou a mãe contam uma história para o filho, além de deixar vir à tona as fantasias, eles estão, na prática, dedicando um tempo precioso aos filhos. “A presença afetiva e concreta de quem a criança ama, ao seu lado e só para ela, suplanta as demais funções da história. Quando a criança pede uma história, eu escuto ela dizer: fica comigo”.

domingo, 23 de março de 2008

Você já conhece o SlideShare?

Se você ainda não descobriu SlideShare, vale a pena dar uma olhada? Recebi a dica ontem e já postei lá uma apresentação PowerPoint, que há algum tempo venho tentando compartilhar. Funciona muito bem. Há até mesmo um grupo de Gestão do Conhecimento no site, com 130 apresentações. Fora as apresentações sobre os mais variados assuntos.

Não tive a curiosidade de olhar, mas deve ter até aqueles Power Points dos quais eu tanto reclamo.

Você pode fazer sua própria página. Para ver a minha página clique aqui.

Melhor ainda você pode inserir apresentações suas ou de outras pessoas em seu blog ou site pessoal, da mesma forma que se faz com o YouTube.Veja o exemplo na barra lateral de meu blog.

Forte abraço

Fernando Goldman

quarta-feira, 19 de março de 2008

Por que não existe a dicotomia tácito-explicito ?

Prezados

O termo “dicotomia” entendido como uma divisão lógica de um conceito em dois outros conceitos, em geral contrários, que lhe esgotam a extensão, não se aplica ao conhecimento tácito e explícito. O termo “dualidade” vem sendo utilizado com mais propriedade.
No artigo que iniciou esta série de postagem, Grant mostrou de forma clara que Polanyi (1958, p 87-101 apud Grant,2007,p. 177) conceituou o conhecimento tácito e o conhecimento explícito, não como uma dicotomia e expressou isso por um diagrama, mostrado na figura abaixo(clique na figura para ampliá-la):



Esse diagrama mostra um preceito básico nas idéias de Polanyi que todo o conhecimento inclui um certo grau de "tacitude" e deve ser visto como um continuum, no qual um ou outro tipo de conhecimento pode prevalecer.
Esse continuum varia de uma situação onde haja pouca "tacitude" no conhecimento, podendo ser apreendida por muitas pessoas, mesmo aquelas com limitado background sobre o assunto em questão. Passa por uma situação onde somente os especialistas podem compartilhar o conhecimento tácito devido a seu background comum, treinamento especializado e experiência. Evolui para a situação onde há um forte elemento pessoal no conhecimento, que é muito difícil de expressar. Finalmente alcança o ponto no qual é impossível articular o conhecimento (conhecimento “inexprimível, inefável”).

O grau de clareza está diretamente relacionado ao uso da linguagem. Onde há um alto grau da aceitação e uso de uma linguagem específica (falada, escrita ou representada), o conhecimento pode ser altamente explícito à maioria. Onde um nível mais sofisticado de conhecimento e de experiência é necessário para que a linguagem tenha significado, o nível de "tacitude" compartilhada necessária aumenta. É nesta área que se pode posicionar o conceito do conhecimento “implícito”, um conceito que, como destacado por Grant, não foi discutido por Polanyi, mas freqüentemente é oferecido, de forma errônea, como uma alternativa ao conhecimento tácito.

Este modelo sugere que o conhecimento implícito pode ser descrito como o conhecimento que parece ser tácito, mas que pode ainda ser explicitado, embora não o precise ser, em uma comunidade que compartilhe de uma visão comum do conhecimento tácito necessário.

Forte abraço

Fernando Goldman

quarta-feira, 12 de março de 2008

Gestão do Conhecimento e Narrativas

Prezados

1 - A SBGC - Associação Brasileira de Gestão do Conhecimento - é uma organização sem fins lucrativos, que tem como um de seus principais objetivos promover o intercâmbio de informações entre profissionais e empresas, para maior divulgação da Gestão do Conhecimento, visando o aumento da efetividade das organizações, a competitividade do país e a qualidade de vida das pessoas.

2 -O Pólo-RJ da SBGC tem exercido importante papel na efetiva divulgação dos conceitos, métodos e técnicas da Gestão do Conhecimento para as empresas de todo o Brasil.

3 – O Pólo-RJ está fortemente envolvido no processo de assimilar, entender, compreender e incorporar a Gestão de Narrativas como uma das ferramentas da Gestão do Conhecimento Organizacional, a exemplo do que já ocorre na Europa, Estados Unidos, Canadá e Austrália, onde um público adulto, cada vez maior, das mais variadas formações e profissões, está empenhado em resgatar o conhecimento milenar das narrativas como elo de ligação entre a Gestão de Conteúdo e a Gestão de Contexto.

4 - Para atender tão ambicioso objetivo, o Pólo-RJ vem construindo parcerias, buscando integrar a sabedoria e a beleza das histórias, no convívio diário das organizações.

5 – Assim, gostaria de fazer um convite para vossa participação no Portal da SBGC, http://www.portalsbgc.org.br/ , onde foi criado um fórum intitulado : Gestão do Conhecimento - O Poder das Narrativas nas Organizações.

5.1 Para participar do fórum, não há necessidade de se associar à SBGC, bastando fazer Login no Portal e se logar sempre que solicitado.

Forte abraço

Fernando Luiz Goldman
Presidente do Pólo-RJ da SBGC

quarta-feira, 5 de março de 2008

Uma revolução energética movida a vento

Prezados

Recomendo a leitura do muito bom artigo "Uma revolução energética movida a vento", do vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica, Everaldo Feitosa, recentemente publicado no jornal Gazeta Mercantil.

Além de vir de encontro a vários pontos já levantados aqui, nesse blog, ele reforça a idéia de que o Brasil precisa definir uma programação de longo prazo, projetar com quanto de energia eólica o País contará no futuro e a que preço, para viabilizar os investimentos que possibilitarão a inovação tecnológica necessária no setor de energia eólica, para que não nos tornemos meros usuários de tecnologia nesse setor também.

http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/estudos/feitosa1.zip

Forte abraço

Fernando Goldman

Postagem alterada em 08.03.2008

Podemos ainda aprender com Nonaka e Takeuchi?

Prezados

Uma vez analisado, de forma bem sucinta , como se dá o aprendizado individual, podemos tentar entender porque não existe a dicotomia tácito-explícito. Vale destacar que Polanyi era um físico-químico, um homem de ciência, que em determinado momento de sua vida se tornou filósofo.

A informação acima sobre a vida de Polanyi, que mais parece “nota da Candinha”, aparece em vários artigos sobre o assunto GC e tem uma série de importantes mensagens embutidas. Polanyi não era homem ligado ao ambiente empresarial. Não conheço a biografia dele em detalhes, mas imagino que ele nunca tenha trabalhado em um ambiente assim. Era um cientista.

Na postagem “Podemos ainda aprender com Polanyi ?” eu citei um artigo de Kenneth A. Grant, intitulado "Tacit Knowledge Revisited - We Can Still Learn from Polanyi", em que Mr. Grant levanta a suspeita de que um percentual significativo dos autores de artigos que citam Polanyi como referência, nunca leram nada de Polanyi. Citam-no porque ele é a base conceitual para o modelo de Nonaka e Takeuchi.

Eu, às vezes, me sinto tentado a dizer algo semelhante com relação ao livro de Nonaka e Takeuchi, "A Criação do Conhecimento Organizacional - Como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação".

Podemos ainda aprender com Nonaka e Takeuchi? Muito. Bastaria que as pessoas lessem o livro. Tudo bem, não vou ser tão radical. Vou imaginar que já o leram, mas esqueceram alguns detalhes. Bastaria relerem o livro.

Nonaka e Takeuchi sempre deixaram bem claro que Polanyi era um filósofo. Que ele escreveu um trabalho sobre o conhecimento de um ponto de vista totalmente filosófico. Que ele, falecido em 1976, sequer imaginou que seu trabalho serviria de base para alguns artigos e um livro sobre o conhecimento no âmbito organizacional. Na página 67, por exemplo, eles dizem:

Em nossa visão, contudo, o conhecimento tácito e o conhecimento explícito não são entidades totalmente separadas, e sim mutuamente complementares. ... Nosso modelo dinâmico da criação do conhecimento está ancorado no pressuposto crítico de que o conhecimento humano é criado e expandido através da interação social entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito... Não podemos deixar de observar que essa conversão é um processo “ social” entre indivíduos, e não confinada dentro de um indivíduo .

Continua na próxima postagem.

Forte abraço

Fernando Goldman

segunda-feira, 3 de março de 2008

Estruturas de Conhecimento

Prezados

Antes de nos aprofundarmos na discussão se existe ou não a dicotomia entre conhecimento tácito e explícito, talvez fosse interessante procurarmos entender melhor os mecanismos que propiciam o conceito de conhecimento tácito.

O conhecimento, definido aqui como aquilo que sabemos e possibilita ação eficaz, envolve os processos mentais de compreensão e aprendizado presentes na mente, e apenas na mente, de determinado indivíduo, embora envolvam interações com o mundo fora de sua mente, incluindo suas interações com outros indivíduos.

Sempre que queremos expressar aquilo que conhecemos, ou pelo menos aquilo que temos consciência que conhecemos, não podemos deixar de fazê-lo emitindo mensagens de algum tipo, sejam orais, escritas, gráficas, gestuais ou mesmo através da "linguagem corporal". Essas mensagens, por si só não carregam "conhecimento", pois se constituem em "Informação", que uma outra mente, pode ou não, desde que tenha ou não tenha capacidade para tal, assimilar, entender, compreender e incorporar a suas próprias estruturas de conhecimento.

Piaget conceituou essa possibilidade ao diferenciar o aprendizado por assimilação do aprendizado por acomodação.

As estruturas de conhecimento são específicas de cada pessoa, pois são "biograficamente determinadas". Assim, nunca serão idênticas para a pessoa emissora da mensagem e a pessoa receptora. Portanto, o conhecimento construído a partir da mensagem original nunca poderá ser exatamente o mesmo da base de conhecimentos a partir da qual foi emitida.

Forte abraço

Fernando Goldman