Entender o conhecimento no âmbito dos arranjos organizacionais
não é tarefa fácil e vem desafiando - além de grandes áreas como a Economia e
Administração de Empresas - diversos campos de pesquisa, com destaque para as
áreas de interesse da Estratégia Organizacional, usualmente referidas como
Gestão Estratégica (Strategic Management), a qual tem empreendido
notável esforço no sentido de melhor lidar com o conhecimento no âmbito dos
arranjos organizacionais.[1]
O lidar com o Conhecimento Organizacional, por ser esse um
ativo intangível, não deve ser confundido com o simples acúmulo de informações[2].
Tem sido proposto que os modelos mentais dos indivíduos são transformados
durante o processo informacional, configurando novos estados de conhecimento[3].
Será assumido nesta série de postagens sobre a Dinâmica do Conhecimento Organizacional
que, de forma análoga, as empresas criam continuamente novas capacitações,
caracterizadas por respectivos conjuntos de rotinas, configurando assim novos
estados de Conhecimento Organizacional.
Outras disciplinas e campos de pesquisa, tais
como a Engenharia de Produção, a Psicologia, a Cognição e a Sociologia, só para
citar alguns, também vêm enfrentando a crescente necessidade de lidar com o
conhecimento no âmbito dos arranjos organizacionais, numa literatura que se
caracteriza como sendo multi, inter e transdisciplinar[4].[5]
[1] HELFAT; WINTER, 2011, JACOBIDES; WINTER, 2010,
NELSON; WINTER, 1982, TSOUKAS, 1996, VASCONCELOS; CYRINO, 2000, WINTER, 2003,
FUJIMOTO, 1997, 2012
[2] NONAKA, 1994
[3] BROOKES, 1980 apud BATISTA, 2008
[4] POMBO, 2005
[5] Esta série de postagens é baseada na Tese, disponível na forma
original em http://www.ie.ufrj.br/images/pos-graducao/pped/dissertacoes_e_teses/Fernando_Luiz_Goldman.pdf.
As referências acima se referem as Referências Bibliográficas daquela Tese.
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