Capes, CNPq e as jabuticabas
Há 9 anos
O objetivo desse blog é permitir que interessados em Gestão do Conhecimento(Knowledge Management - KM) possam trocar idéias e aprimorar sua visão do assunto. Aqui todos somos aprendizes.
"Podemos definir tecnologia como um conjunto de partes do conhecimento [pieces of knowledge], tanto as diretamente ‘práticas’ (relacionadas a problemas e dispositivos concretos) quanto as ‘teóricas’ (praticamente aplicáveis, embora não necessariamente já aplicadas), know-how, métodos, procedimentos, experiências de sucesso e fracasso, e também, dispositivos e equipamentos físicos. Os dispositivos físicos existentes incorporam — por assim dizer — os sucessos no desenvolvimento da tecnologia em uma atividade definida de solução de problemas. Ao mesmo tempo, a parte ‘desincorporada’ da tecnologia consiste de perícias particulares, experiência de tentativas e soluções tecnológicas prévias, juntamente com o conhecimento e as realizações do ‘estado-da-arte" (Dosi, 1982: 151-2).
Divulgação de estudo pioneiro sobreEconomia Política da Informação e Comunicação "Trabalho com informação", de Marcos Dantas, está disponível para livre acesso, na internet Editado e publicado com apoio do Programa de Pós-Graduação da Escola de Comunicação da UFRJ e projeto gráfico da I Graficci Comunicação & Design, o livro pode ser baixado livremente, em PDF ou e-book (formato .epub), no endereço http://www.facebook.com/l/vAQH9u9Jp/www.marcosdantas.pro.br/conteudos/trabalho-com-informacao-valor-acumulacao-apropriacao-nas-redes-do-capital Inicialmente dissertação de mestrado em Ciência da Informação (IBICT/ECO-UFRJ), a primeira versão de Trabalho com informação: valor, acumulação, apropriação nas redes do capital, de Marcos Dantas, data de 1994, revista em 1996 e 1999. Mas não é necessariamente um livro datado: ao contrário, escrito, na sua maior parte antes de a internet ter se transformado nesse fenômeno de massas que hoje todos vivenciamos e quando ainda quase nada se falava, no Brasil, de "sociedade da informação", "sociedade em rede" e, absolutamente nada, de "capitalismo cognitivo" ou "trabalho imaterial", o estudo antecipava alguns dos grandes problemas que se encontram na agenda social e política atual, dentre eles o conflito entre o livre acesso ao conhecimento e as leis de propriedade intelectual, assim como a real natureza do trabalho ("imaterial"?) no capitalismo contemporâneo. Para Dantas, o trabalho, nas formas mais avançadas de capitalismo, é informacional, conceito que reconhece a materialidade do trabalho mas entende que, entre a atividade sócio-metabólica humana e o seu produto material final, efetua-se todo um amplo conjunto de atividades de produção, registro e comunicação de materiais sígnicos, na forma de textos, cálculos matemáticos, desenhos, operações em instrumentos de medição ou controle, programação de computadores etc. Nestas atividades encontra-se o centro do processo de valorização no capitalismo tardio. Daí, Dantas rotular este capitalismo como a etapa do capital-informação, conforme aliás intitulou outro livro, "A lógica do capital-informação", também extraído, embora parcialmente, daquela mesma dissertação. Neste novo livro, em seu primeiro capítulo, o autor propõe um exame dialético das Teorias da Informação, desde o atomismo de Claude Shannon à crítica sistêmica de Henri Atlan e Henri Laborit, para então rediscutir a teoria do capital de Karl Marx, buscando nela situar essa dimensão da natureza e da história – a informação – que obviamente não poderia ter sido percebida, à sua época, por este grande pensador alemão. E seguiu não sendo percebida pelos seus epígonos... Em seguida, debate os conceitos de "sociedade da informação", conforme ainda eram postulados na primeira metade da década 1990, dialogando, entre outros autores, com Daniel Bell e Radovan Richta, este um dos poucos marxistas a perceber, ainda na década 1960, as transformações pelas quais passava o capitalismo e, daí, as possibilidades (afinal frustradas) do socialismo. Então, o livro avança nas questões polêmicas da atualidade, desde descrições detalhadas do trabalho informacional comandado pelo capital, até os conflitos econômicos e políticos que, já nos anos 1990, tratavam da chamada "propriedade intelectual". Simplesmente, a informação, por sua natureza (se cientificamente compreendida), não pode ser reduzida a mercadoria, sustenta Dantas. Por isso, o valor da informação (extraído do trabalho) só pode ser apropriado através de métodos violentos expressos nas leis de "propriedade intelectual" sancionadas pelo Estado (capitalista). Essa apropriação se dá na forma de rendas informacionais, fundamento do capitalismo rentista e financeiro dos nossos dias. O autor então examina algumas leis que àquela época emanavam dos Estados Unidos, precursoras dos SOPA e ACTA de nossos dias, por meio das quais o governo desse país impunha, ao resto do mundo, o monopólio do conhecimento pretendido por suas corporações transnacionais. Nesse cenário, Dantas discute o "copyright" do software, as patentes farmacêuticas, a biopirataria, os rearranjos regulatórios ("neo-liberais") nas comunicações e aponta para o destino necessariamente "proprietário", sob o capitalismo, que viriam a ter as redes digitais, quando mal nascia a internet. Só faltou falar em "jardins murados", expressão desconhecida à época em que escreveu este trabalho. Infelizmente, o livro não atraiu o interesse das editoras, em meados da década 1990. Esses assuntos, no Brasil, não "vendiam". Marx estava fora de moda. E, do exterior, não nos tinham chegado novas "grandes narrativas" para agendar nossas idéias acadêmicas e ideologias mediáticas. Todos os mais importantes autores que começaram a ser divulgados entre nós discutindo esta "nova sociedade" que emergia com o digital e a internet, a exemplo de Pierre Levy, Manuel Castells, Antonio Negri, Boaventura de Souza Santos, Zygmunt Bauman, ou mesmo David Harvey, Slavoj Žižek e ainda outros, só aportariam por aqui no final daquela década 90 ou primeiros anos deste atual século. No entanto, exatamente porque agora contamos com a internet, Dantas decidiu que esta sua obra não deveria ser entregue à "crítica roedora dos ratos". Seus conceitos fundamentais e vários dos problemas que aborda têm orientado, desde então, os seus trabalhos e seguem sendo por ele aperfeiçoados. Não raro, parecem confirmados pelos fatos. Sobretudo, para Marcos Dantas, hoje, como a mais de 15 anos atrás, ainda cabe divulgar e discutir esta sua contribuição para demonstrar a atualidade e, ao mesmo tempo, dialeticamente, atualizar o pensamento de Karl Marx.
"Conhecimento é [...] um ato humano e contextualizado. Experiência única, baseada em outras experiências únicas que não podem ser armazenadas. Por mais detalhada que seja a descrição de um determinado conhecimento, ela será sempre, no máximo, um conjunto de informações".
De: Marcos Cavalcanti <notification+252es4xa@facebookmail.com>
Para: Banco Social do Conhecimento Lusófono <207726699269484@groups.facebook.com>
Enviadas: Quinta-feira, 9 de Maio de 2013 16:04
Assunto: [Banco Social do Conhecimento Lusófono] O conhecimento precisa de liberdade e ar fresco...
Marcos Cavalcanti 9 de maio de 2013 16:04 O conhecimento precisa de liberdade e ar fresco para se desenvolver. Ambientes fechados e excessivamente controlados são a morte do conhecimento e das organizações que continuarem a trilhar este caminho!
Open Data não é Bandeira
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Para conhecimento e reflexão. São outros conceitos culturais.
Em 2003, um deputado inglês chamado Chris Huhne foi pego por um radar dirigindo em alta velocidade. Pra não perder a carteira, pois na Inglaterra é feio uma autoridade infringir a Lei, a mulher dele, Vicky Price, assumiu a culpa.O tempo passa, o deputado vira Ministro da Energia, o casamento acaba, a Vicky decide se vingar e conta a história pra imprensa.Como é na Inglaterra, o tal do Chris Huhne é obrigado a se demitir primeiro do ministério e depois do Parlamento. ACABOU A HISTORIA?NÃO.Na Inglaterra é crime mentir para a Justiça e ontem a Justiça sentenciou o casal envolvido na fraude do radar em 8 meses de cadeia pra cada um. E vão ter de pagar multa de 120 mil libras, uns 350 mil reais.Segredo de Justiça? Nem pensar, julgamento aberto ao público e à imprensa.Segurança nacional? Nem pensar, infrator é infrator.E o que disse o Primeiro Ministro David Cameron quando soube da condenação do seu ex-ministro: 'É uma conspiração da mídia conservadora para denegrir a imagem do meu governo.' Certo? Errado.O que disse o Primeiro Ministro David Cameron acerca do seu ex-ministro foi o seguinte: 'É pra todo mundo ficar sabendo que ninguém, por mais alto e poderoso que seja, está fora do braço da Lei.'Estes ingleses são um bando de botocudos. Só mesmo em paísinhos capitalistas um ministro perde o cargo por mentir para um guarda de trânsito.Porque aqui neste paraíso ptista-sindicallista a Primeira Lei que um guarda de trânsito aprende é saber com quem está falando.
“Parabéns pelo post Fernando muito esclarecedor, mas se entendi direito você diz que o GC organizacional foca ou deve focar apenas no conhecimento tácito, que a chamada conversão em explicito se dá de uma maneira individual?”
Um antropólogo estava estudando uma tribo na África, chamada Ubuntu, e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa.
Sobrava muito tempo, então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam
sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado.
Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto.
Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem, felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou por que elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
Na tradução literal da expressão inteira que é utilizada por esse povo:
Umuntu ngumuntu nagabantu = Uma pessoa só é uma pessoa por causa das outras pessoas.
*Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...
UBUNTU PARA VOCÊ!
CV: http://lattes.cnpq.br/3698654266766882