Há alguns anos eu
li um livro sobre Análise Transacional - Eu estou Ok, você está Ok, do Dr Thomas
A. Harris - que falava de "um homem cego, num quarto escuro, procurando um gato
preto, que nem está lá dentro". As vezes eu vejo algumas pessoas tentando
entender o que fazer em Gestão do Conhecimento Organizacional e lembro daquele pobre homem
cego.
Há muitos pontos nevrálgicos na implantação de KM nos
grandes arranjos organizacionais. Entre eles, dez se destacam:
i) a compreensão de que o conhecimento só existe na
mente humana - todo o resto é informação;
ii)
a correta compreensão de como funciona o conhecimento
tácito;
iii) a compreensão de que o conhecimento explícito
não é a mesma coisa que a informação;
iv) a compreensão da diferença entre a Gestão de
Informação (IM) e Gestão do Conhecimento Organizacional (KM);
v) a compreensão do papel das rotinas
organizacionais;
vi) a compreensão da organização como um conjunto rotinas
de diferentes níveis;
vii) a compreensão dos verdadeiros processos do
Conhecimento Organizacional;
viii) a compreensão que a Gestão do Conhecimento
Organizacional propicia a Inovação;
ix) a compreensão da Gestão do Conhecimento Organizacional
(KM) como um metaprocesso;
x) a compreensão por que é importante
diferenciar Gestão do Conhecimento de Gestão do Conhecimento Organizacional (KM).
Vê-se assim que é
necessário compreender algumas coisas para que se possa efetivamente pensar em
fazer Gestão do Conhecimento Organizacional.
Forte abraço
Fernando Goldman
Um comentário:
Aos neófitos, idênticos a mim: "Entendendo o que é KM - (KM, do inglês Knowledge Management).
A maioria dos executivos ouvidos (55,9%) entende que KM é a modelagem de processos corporativos a partir do conhecimento gerado...
Ou seja, KM seria a estruturação das atividades organizacionais encadeadas interna e externamente, com base em parâmetros gerados pelo monitoramento constante dos ambientes interno e externo (mercado, cadeia de valor etc.).
Dessa forma, para a maioria das empresas, KM é um sistema de gerenciamento corporativo. Elas afirmam, corretamente, que se trata muito mais de um conceito gerencial do que de uma ferramenta tecnológica (esta é a opinião de 7,2%).
No entanto, apenas pequena parcela dos entrevistados (5,4%) identifica KM como um meio pelo qual as empresas podem ganhar poder de competição.
KM significa organizar e sistematizar, em todos os pontos de contato, a capacidade da empresa de captar, gerar, criar, analisar, traduzir, transformar, modelar, armazenar, disseminar, implantar e gerenciar a informação, tanto interna como externa.
----------->Essa informação deve ser transformada efetivamente em conhecimento e distribuída tornando-se acessível- aos interessados.
A informação aplicada, o conhecimento, passa a ser um ativo da empresa e não mais um suporte à tomada de decisão.
Essa realidade já é percebida, pelo menos em parte, pela maioria das empresas brasileiras ouvidas. Quando perguntadas sobre o impacto que a correta gestão do conhecimento trará para as empresas de seu setor nos próximos anos, quase a metade respondeu que as organizações que adotarem a prática da gestão do conhecimento serão as vencedoras...
Referência textual: Artigo publicado na Revista HSM Management 42 janeiro-fevereiro 2004.
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