Prezados
No final dos anos 1990, em uma entrevista no Knowledge Management Journal, foi perguntado a Peter Senge qual ele achava que seria o principal desafio para os profissionais envolvidos com Gestão do Conhecimento nos próximos anos. Sua resposta foi sucinta, porém muito esclarecedora. Segundo ele, este principal desafio seria entender qual é a natureza do Conhecimento Organizacional, ou seja, como ele é gerado, como é difundido, o que significa desenvolver mais estratégias baseadas no conhecimento, o que acontece na interface entre a aquisição de informações e a geração de conhecimento.
Para Senge, estas seriam as questões profundas e dificilmente consideradas triviais em qualquer esforço deste tipo.
Desde que Senge deu esta entrevista, a Gestão do Conhecimento vem tentando decolar no mais variados tipos de arranjos organizacionais, dos mais diferentes setores e indústrias, inclusive nos esforços para o desenvolvimento e em organizações internacionais de ajuda humanitária, mas a compreensão da natureza do Conhecimento Organizacional continua sendo uma dificuldade entre economistas, administradores, estrategistas e toda uma gama de profissionais responsáveis pela Gestão do Conhecimento.
Uma confusão usual diz respeito a contextualizar os papéis da Educação Corporativa e da Gestão do Conhecimento. É comum encontrar gente que imagina que alguma coisa que é chamada de Gestão do Conhecimento deveria ter algo a ver com treinamento.
O termo Educação Corporativa, aqui, representa as variadas formas em que se apresenta o conceito de Treinamento e Desenvolvimento, indo do simples Centro de Treinamento às Universidades Corporativas, passando até mesmo por Centros de Treinamento travestidos de Universidades Corporativas.
Tenho usado a figura acima para tentar esclarecer a confusão conceitual muito observada entre os papéis da Educação Corporativa e da Gestão do Conhecimento Organizacional.
Nela é enfatizada a diferença entre as capacitações individuais dos seres humanos envolvidos no processo produtivo – já levadas em conta no tradicional fator de produção “trabalho” – que são objeto da Educação Corporativa e as capacitações organizacionais, em especial, as Capacitações Dinâmicas.
Forte abraço
Fernando Goldman
Capes, CNPq e as jabuticabas
Há 9 anos
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