O objetivo desse blog é permitir que interessados em Gestão do Conhecimento(Knowledge Management - KM) possam trocar idéias e aprimorar sua visão do assunto. Aqui todos somos aprendizes.
Navegando pela Internet me deparei com uma interessante postagem do professor Peter Klein, http://organizationsandmarkets.com/2007/04/07/method-versus-methodology/ ,que vem esclarecer um detalhe que também causa muita confusão em textos sobre Gestão do Conhecimento e que me incomodava há muito tempo, ou seja: o constante indiscriminado uso da palavra "metodologia" em trabalhos acadêmicos.
Klein esclarece, com propriedade, que metodologia é o estudo dos métodos científicos. Um ramo da epistemologia.
Exemplifica ele que: técnicas econométricas, estratégias de coleta de dados, testes de hipóteses, etc. são métodos e não metodologias. No entanto, ainda segundo ele, quantos trabalhos empíricos incluem uma seção intitulada "Metodologia" ou "dados e metodologia"?
Klein deixa claro que a menos que se esteja citando Popper, Kuhn, Lakatos, Feyerabend, Blaug ou Mäki, por exemplo, provavelmente não se tem uma seção de metodologia. Estudos de caso e entrevistas estruturadas, entre outros, são métodos de pesquisa. Ele arremata apresentando uma passagem do American Heritage Dictionary (edição de 1992), que vale a pena eu reproduzir aqui:
In recent years . . . “methodology” has been increasingly used as a pretentious substitute for “method” in scientific and technical contexts, as in “The oil company has not yet decided on a methodology for restoring the beaches.” This usage may have been fostered in part by the tendency to use the adjective “methodological” to mean “pertaining to methods,” inasmuch as the regularly formed adjective “methodical” has been preempted to mean “orderly, systematic.” But the misuse of methodology obscures an important conceptual distinction between the tools of scientific investigation (properly “methods”) and the principles that determine how such tools are deployed and interpreted — a distinction that the scientific and scholarly communities, if not the wider public, should be expected to maintain.
Nesta segunda postagem sobre o tema, apresento os comentários feitos pelo prof. Heitor Quintella, que acredito devam ser analisados pelos que se dedicam à solução de mais este apagão.
Forte abraço
Fernando Goldman
Seguem os comentários do Prof. Heitor Quintella:
Vejam só amigos
o tema do pequeno contingente de físicos no país começa muito timidamente a ser discutido.
Relembro que só 6,8% dos graduandos estão se formando em todas as engenharias e todas as ciencias exatas contra 40% em todos os países avancados (EUA, UK, Alemanha ... e cerca de 60% ou mais na China de hoje e no Japão. Nos países que deram arrancadas desenvolvimentistas sustentaveis ( bem diferentes das nossas em que apenas se mexe no mostrador de velocidade do veiculo pata simular maior velocidade mesmo com o veiculo atolado).
Nossa sauva profissional é a quantidade de cursos superiores de má qualidade em Direito (15% das graduações) Administração (14%) e Pedagogia ( 13%) com a complacencia da OAB e CRA contra a vontade dos tecnicos do MEC e professores autenticos que gostariam de fechar 50% destes cursos numa primeira depuração. Estes exercitos de formados precariamente em cursos de baixa qualidade criam no pais uma distorcao terrivelmente paralisante com a judicializacao burocratizada da mentalidade em geral e em particular dos processos administrativos de governo.
Outra sauva profissional é o proprio CREA que tenta dar exclusividade aos profissionais de engenharia funções que deveriam ser no minimo compartlhadas competitivamente ou alocadas definitivamente a físicos.
O que fazer???
Fechar todos estes conselhos estatais e deixar que surjam associacóes civis em regime de competicao livre (inclusive havendo sempre mais de duas por área e.g OAB 1, OAB 2, OAB 3 para quebrar monopólios)?
Ou criar conselhos de Fisica Industrial, Física Experimental, Educacao em Física promovendo uma reforma geral concomitante em todos os conselhos de modo a que gradativamente passem a ser associacoes civis?
Outra soluçao criativa transformadora???
Há que se debater e não esconder a cabeça no buraco cmo avestruz .
A verdade é que com um contingente tão pequeno ( estimativas muito imprecisas e recentes indicam que formamos menos de 3000 físicos contra cerca de 70 000 nos EUA e que estão em ação no ramo de pesquisa e aplicacóes industriais apenas cerca de 1000 contra cerca de 250 000 nos EUA e no ensino cerca de 5000 contra cerca de 450 000 nos EUA).
Reparem que muitos cargos de engenharia ( entre 15 e 20 dependendo da aplicação) para cada posição de Físico industrial ( Especialidade que sequer existe no país)
SE não formarmos mais físicos vamos mergulhar de vez no seculo XVIII. Este caminho para trás é mas fácil, uma vez que estamos hoje em desenvolvimento compatível com o seculo XIX e precisamos percorrer o dificil caminho de chegar ao seculo XXI. Todo cuidado é pouco pois o seculo XX foi marcado pelas ditaduras tragicas e sanguinolentas promovidas pelas experiencias socialistas de todos os tipos( sovietica, nacionalista, popular, etc..._) mas todas com o mesmo traco de desrespeito a vida humana, a dignidade e liberdade do individuo.
Vale a pena lembrar que a Fisica e a Ciencia como um todo so prospera em ambiente pleno de liberdade de expressao, de segurança total para o cidadao e de fé na capacidade humana de resolver seus problemas pela racionalidade e pela Boa Vontade.
E isto parece ser o nosso desafio presente. CRiar uma ambiente social favoravel ao desenvolviemtno cientifico e tecnologico para chegarmos a democracia REal e Verdadeira.
DE qualquer modo parabens por trazerem o assunto a baila so assim com a participacao dos interessados construiremos uma solucao boa para todos.
Ano passado fui convidado a participar da mesa da SBGC no SINCONEE cujo tema era "O Apagão das Engenharias". De lá para cá duas crises de coluna, um doutorado, o trabalho e muita pesquisa me deixaram distante do assunto.
Hoje pela manhã, recebi do Prof Dr Heitor M. Quintella e-mail com o assunto "País perde US$ 15 bi com má formação de engenheiro e falta de fisicos para gerar mais posições de engenharia".
Vou iniciar aqui uma sequência de postagens sobre este importante assunto.
Nesta postagem reproduzo a notícia que motivou a troca de e-mails citada.
Forte abraço
Fernando Goldman
FOLHA, 21 de Junho de 2010.
País perde US$ 15 bi com má formação de engenheiro
Valor é estimativa dos prejuízos com falhas nos projetos de obras públicas
A baixa qualidade do ensino médio, sobretudo em disciplinas como física, química e matemática, tornou-se obstáculo para a formação de engenheiros no Brasil. Essa falha, agravada pela alta demanda gerada com o crescimento do país, tem custo - e não é pequeno.
Cálculos de entidades de engenharia mostram que o país perde US$ 15 bilhões (R$ 26,5 bilhões) por ano com falhas nos projetos das obras públicas. A cifra, equivalente a 1% do PIB, foi apresentada em encontro nacional de engenheiros, em Curitiba, na semana passada.
A reunião levou à capital do Paraná 850 engenheiros de todo o país com o único propósito: buscar meios de frear a crise sem precedentes da engenharia nacional.
Guerra
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) calcula que 150 mil vagas de engenheiros não terão como ser preenchidas até 2012. Tamanha demanda diante da falta de profissionais criou uma guerra por engenheiros. >> Em 2003, a formação de um engenheiro custava US$ 25 mil. Hoje, US$ 40 mil, diz a IBM, uma das empresas que mais contrataram engenheiros e técnicos de computação desde quando o Brasil tornou-se base mundial para oferta de serviços.
Essa escassez já atinge a competitividade brasileira. "Em 2009, exportamos US$ 1,5 bilhão em serviços. Só a IBM respondeu por US$ 500 milhões. A Índia exportou US$ 25 bilhões", disse Paulo Portela, vice- presidente de Serviços da IBM, em seminário promovido pela Amcham, em São Paulo. "Essa disputa [por engenheiros] não ajuda. Vamos perder se entrarmos numa guerra e ampliar a inflação dos custos da mão de obra." O salário inicial, de R$ 1.500 em 2006, já atinge R$ 4.500.
Evasão
O diagnóstico da realidade nos 1.374 cursos no país mostra que a evasão nos cursos de engenharia é de 80%; dos 150 mil que ingressam no primeiro ano, 30 mil se formam.
"Só um 1 em cada 4 possui formação adequada. O Brasil forma menos de 10 mil engenheiros com competência e esses são disputados pelas empresas", diz José Roberto Cardoso, diretor da Escola Politécnica da USP, uma das mais importantes faculdades de engenharia do país.
A Amcham (Câmara Americana de Comércio) quer o tema na campanha eleitoral.
O documento com o diagnóstico e as propostas compiladas por Jacques Marcovitch, professor da USP e conselheiro do Fórum Econômico Mundial, será entregue ao governo e aos candidatos.
É certo que ficará para o próximo governo a busca da resposta para a pergunta: "Por que o jovem quer ser médico e advogado e não quer ser engenheiro e professor de matemática?".
Exemplo de baixa procura pela área ocorreu em concurso para professor de física em São Paulo. De 931 vagas, só 304 foram preenchidas.
Sem oferta, indústria "caça" engenheiro
Pesquisa do Ibope encomendada pela Amcham aponta que 76% das empresas no Brasil possuem programas de treinamento e formação de mão de obra.
Boa parte desses gastos assegura o futuro engenheiro na companhia. A mineradora Vale, que só em 2010 prevê investimento total de US$ 12,9 bilhões, deu escala a esse modelo.
A mineradora criou cursos de pós-graduação para atrair engenheiros com até três anos de formado. Cada um recebe bolsa de R$ 3.000 para especialização em engenharia de mina, ferrovia, porto e agora pelotização (transformação de finas partículas de minério em pelotas).
Marcelo Brandão, engenheiro ambiental, e Fabio Witaker, engenheiro mecânico, são exemplos recentes. Foram contratados em fevereiro depois de curso intensivo de engenharia ferroviária.
Aproximar-se da academia tem sido a solução. A montadora General Motors é uma das impresas mais agressivas nesse campo. Com a instalação no Brasil de 1 dos 5 centros mundiais de desenvolvimento de produto , a montadora teve de ampliar de 600 para 1.300 o número de engenheiros.
Acordo
Um acordo com a Escola Politécnica da USP, um dos principais centros de formação de engenheiros no Brasil, deu à GM uma vantagem. Os estudantes de engenharia da Poli aprendem a desenhar carros no sistema GM de projetar veículos.
"Quando esses estudantes saírem da universidade, estarão prontos, com parte do treinamento executado", diz Pedro Manuchakian, vice- presidente de Engenharia de Produtos da General Motors na América do Sul. >> Com planos para criar centros de pesquisa no Brasil, General >> Electric e >> IBM correm para atrair profissionais. A IBM vai repatriar 50 >> cientistas >> brasileiros. >> >> O novo laboratório anunciado há duas semanas exigirá cem cientistas, >> alguns dos quais engenheiros. >> >> "É uma operação de guerra", disse Paulo Portela, vice-presidente de >> Serviços da IBM. De 3.800 funcionários em 2003, a IBM expandiu para >> 21 >> mil. A empresa já treinou 60 mil pessoas, das quais contratou 10 mil. >> >> Conteúdo nacional >> >> A GE também tem planos igualmente fortes no país, sobretudo para >> ampliar o >> conteúdo nacional de componentes usados em seus equipamentos. A >> empresa >> também anunciou um centro de pesquisa no país, onde contratará 150 >> engenheiros. >> >> Segundo Alexandre Alfredo, diretor de relações institucionais, a >> companhia >> foi buscar profissionais em quatro universidades: as paulistas USP e >> Unicamp e as federais do Rio e de Minas Gerais. >> >> Governo quer reduzir evasão nos cursos >> >> A principal meta do governo nos próximos três anos é elevar de 30 >> mil para >> 40 mil o número de graduados em engenharia no Brasil. A tarefa foi >> entregue à Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível >> Superior). A instituição criou uma comissão para cumprir esse >> objetivo. >> >> Segundo o coordenador da Capes, Jorge Almeida Guimarães, há dois >> problemas >> centrais na crise da engenharia brasileira. >> >> A primeira é a precária formação no ensino fundamental e médio, com >> grandes deficiências em disciplinas básicas das chamadas ciências >> duras, >> como física, química e matemática. >> >> A segunda é consequência da anterior. A falta de boa formação no >> ensino >> médio tem provocado evasão maciça nos cursos de engenharia. "A >> primeira >> missão será garantir que o aluno fique no curso", disse Guimarães. >> >> A Capes vai pedir auxílio à Petrobras para alcançar essa meta. A >> estatal, >> responsável por grande parte da demanda brasileira por engenheiros, >> é uma >> das empresas mais interessadas em ampliar a formação desses >> profissionais. >> Só assim conseguirá pôr em marcha planos de investimentos de US$ 200 >> bilhões nos próximos cinco anos. >> >> A comissão da Capes estuda repetir iniciativa hoje já usada por >> grandes >> corporações e bancar a permanência dos alunos nos cursos. >> >> A ampliação em 10 mil engenheiros em três anos é uma meta modesta >> para as >> necessidades nacionais. >> >> Os países que fazem concorrência com o Brasil no mercado >> internacional >> formam contingentes muito maiores de engenheiros. Por ano , a China >> forma >> 400 mil engenheiros, a Índia, 250 mil, e a Coreia do Sul, 80 mil. >> >> Iniciativas >> >> Jacques Marcovitch, professor da USP, listou iniciativas com o >> objetivo de >> modernizar a engenharia nacional em documento a ser entregue pela >> Amcham >> (Câmara Americana de Comércio) aos presidenciáveis. >> >> O desafio de todas é inverter a avaliação atual do diretor da Poli, >> José >> Roberto Cardoso: "Engenheiros de menos. Escolas de mais". >> (Agnaldo Brito) >> (Folha de SP, 21/6)FOLHA, 21 de Junho de 2010.
Às vezes percebo certa aversão a citações de trabalhos de Nonaka, como se eles fossem ultrapassados ou refletissem outra realidade. Uma realidade japonesa, que talvez não fizesse sentido fora do Japão.
O 4º Prêmio Booz Allen Hamilton de Eminente Intelectual em Gestão Internacional, na área de estratégia e negócios, de 2007, foi dado na reunião anual da Academy of Management, na Filadélfia, ao professor Ikujiro Nonaka da Universidade Hitosubashi. Na ocasião, o eminente pensador de negócios David Teece, de Berkeley, um dos principais introdutores da idéia de Capacitações Dinâmicas, em um discurso intitulado “Da Gestão de P&D à Gestão do Conhecimento – Algumas contribuições de Ikujiro Nonaka ao campo da Gestão Estratégica", comentou o trabalho do professor Nonaka e sua carreira.
Segundo Teece:
Acredito que o trabalho de Nonaka tem iluminado profundamenteo nosso entendimento da inovação e do desenvolvimento de novos produtos. Sua obra nos ajuda a entender como grandes empresas criam grandes produtos, e como a gerência importa - não apenas a alta direção, mas a gerência média também. Com a perda de dois gigantes da gestão nos últimos 12 meses - primeiro Peter Drucker e em seguida Alfred Chandler - temos todos a sorte de ter um terceiro gigante entre nós. De Nonaka, precisamos os longos anos de produtividade e perspicaz identificaçãode tendências de Peter Drucker e o conhecimento profundo enciclopédico de Chandler da evolução dos negócios na América, Europa e Japão. Gostaríamos naturalmente de ver a Índia e a China adicionadas ao panorama acadêmico também.
David Teece, Speech at the Academy of Management
Draft as of August 3, 2007- Annual Meeting
(Tradução do autor)
O trecho acima serve para ilustrar o prestígio que Nonaka e a Teoria da Criação do Conhecimento Organizacional vêm alcançando junto a determinados pesquisadores da Gestão Estratégica e da Economia.
Caso não consiga visualizar esta mensagem adequadamente,acesse este link
A SBGC-RJ convida para:
Palestra Em Tempos de Rede, a gestão do conhecimento para o desenvolvimento de regiões
A ser realizada durante a próxima reunião mensal da SBGC-RJ, que acontecerá no dia 13 de julho, terça-feira, às 9h30.
Após a palestra haverá debate sobre o tema acima.
Palestrante: Branca Terra
Dados da palestrante: Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ (1977), mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ/COPPE (1988), doutorado sanduíche pela State University of New York at Purchase – SUNY (1998) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ/COPPE (1999). Atualmente é professora titular da Universidade Castelo Branco onde coordena o Grupo de Pesquisa em Gestão da Inovação Tecnológica e professora adjunta da UERJ onde implantou o Laboratório de Inovação e Empreendedorismo e vem implantando o Programa de Pré-incubação, Incubação e Pós-incubação da Rede de Incubadoras de Empresas da UERJ, ambos por meio de fomento da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ. Também coordena o Núcleo de Especialização, Pesquisa e Extensão da Faculdade de Administração e Finanças – NESPE/FAF e foi diretora da Incubadora Phoenix. Criou e coordenou o programa de pós-graduação lato sensu e o mestrado multidisciplinar em Desenvolvimento Local do Centro Universitário Augusto Motta – UNISUAM. É avaliadora do Ministério da Educação e do Desporto e Visiting Professor da SUNY at Stony Brook (2006) onde concluiu o pós-doutorado em engenharia. Também possui pós-doutorado pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (2007). Tem experiência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em inovação tecnológica e organização industrial, atuando principalmente nos seguintes temas: hélice tríplice, gestão de C&T&I, universidade empreendedora, desenvolvimento local, empreendedorismo, tecnologia, inovação tecnológica, pesquisa, planejamento e desenvolvimento de produtos inovadores em micro, pequenas e médias empresas, gestão acadêmica e políticas públicas de C&T&I. Tem dois livros publicados como autora: A Transferência de Tecnologia em Universidades Empreendedoras, em 2001 pela Qualitymark (ISBN 85-7303-93-6) e Em Tempos de Rede... A Gestão do Conhecimento para o Desenvolvimento de Regiões, em 2006 pela Interciência (ISBN ). Foi assessora da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia onde participou da elaboração do primeiro Plano de Desenvolvimento Tecnológico do Estado do Rio de Janeiro e consultora do arranjo produtivo local Petrópolis Tecnópolis, como especialista visitante do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. Atuou como consultora do Ministério da Ciência e Tecnologia, pela Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP e pelo CNPq, no Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – PADCT III.
Local: Forte do Leme
Entrada franca, exclusiva para associados da SBGC e convidados. Vagas limitadas.
Não associados poderão se associar no local - valor da anuidade - integral R$ 108,00 (anuidade)(estudantes têm 50% de desconto)
O trabalho de 1995 de Nonaka e Takeuchi, embora citado como sendo seu marco inicial, nada tem a ver com os aspectos definidos por Snowden como característicos de uma 2ª geração de KM.
Cada um de nós pode definir uma cronologia de KM, como fez Snowden. Nós podemos definir uma segunda, uma terceira, até mesmo uma quarta geração de KM. Podemos colocar tudo num balaio só e definir uma Nova KM, como fizeram Firestone e Mc Elroy.
Importante mesmo é saber como nós definimos o conhecimento.
Posso não concordar com tudo que diz Verna Allee, nossa palestrante no KM Brasil 2010, em novembro, mas tenho que reconhecer que ela diz muitas coisas bem interessantes e eu estou ansioso por ouvi-la pessoalmente. Por exemplo, ela diz que: a forma como você define conhecimento define como você o administra ( How you define knowledge determines how you manage it).
Há uma porção de autores, em sua maioria oriundos da ciência da informação ou da tecnologia da informação ( duas coisas bem distintas), que definem conhecimento como um tipo especial de informação.
É muito importante não misturar gente que tem foco na informação e considera o conhecimento como seu sub-produto com gente, como Nonaka, que foca o componente mais básico e universal da organização – o conhecimento humano, como definido por ele mesmo.
Repare que o conhecimento não isso ou é aquilo. Ele é como o definimos na construção de uma teoria social que nos dê suporte para tratarmos o conhecimento como fator de produção, nosso objetivo ao falarmos dele.
Para construirmos tão ambiciosa teoria, temos de escolher uma epistemologia e nos mantermos coerentes a ela, sob pena de criarmos paradoxos.
A Teoria da Criação do Conhecimento Organizacional (TCCO), da qual o trabalho de Nonaka e Takeuchi de 1995 é apenas um dentre muitos e coerentes produtos, adota a epistemologia de Polanyi e faz clara distinção entre informação e conhecimento.
Para resumir, sou totalmente a favor de se esquecer tudo aquilo que Snowden classificou como trabalhos de primeira e segunda geração, que não passam de Gestão de Informações, mas jamais confundi-los com o trabalho de Nonaka e Takeuchi ( 1995). Aliás, se você ler com cuidado o texto de 2002 de Snowden, verificará que ele mesmo considera uma ironia que justo o trabalho de Nonaka e Takeuchi tenha dado origem a tantos trabalhos com foco em explicitar todo conhecimento, o que a luz da TCCO não faz sentido.
Forte abraço
Fernando Goldman
Mensagem publicada originalmente no fórum SBGC em 18.06.2010
Eu gostaria de compartilhar com vocês uma lista de publicações do Nonaka. Foi feita a partir de uma que encontrei na Internet.
Pretendo ir atualizando-a continuamente.
Aliás, conto com a colaboração de vocês. Quem tiver algum dado para acrescentar, por favor, não deixe de fazer um comentário informando.
Forte abraço
Fernando Goldman
Publications of Mr. Nonaka
Books
Managing Flow: A Process Theory of the Knowledge-based Firm (with R. Toyama, T. Hirata in collaboration with S. Bigelow, A. Hirose, and F. Kohlbacher), New York: Palgrave Macmillan, 2008, 252 p.
Virtue-Based Management (with N. Konno), Tokyo: NTT Shuppan, 2007 (in Japanese).
The Art of Innovation (with A. Katsumi), Tokyo: Nihon Keizai Shimbun, Shuppan-sha, 2007 (in Japanese).
The Essence of Strategy (with co-authors), Tokyo: Nikkei BP, 2005 (in Japanese).
The Essence of Innovation (with A. Katsumi), Tokyo: Nikkei BP, 2004 (in Japanese).
Hitotsubashi on Knowledge Management (with co-authors), John Wiley (Asia), 2003.
Methodology of Knowledge Creation (with N. Konno), Tokyo: Toyokeizaishimpo-sha, 2003 (in Japanese).
Managing Industrial Knowledge (with D. Teece eds.), London: Sage, 2001.
Knowledge emergence: Social, technical, and evolutionary dimensions of knowledge creation (with T. Nishiguchi eds.), New York: Oxford University Press, 2001.
Enabling Knowledge Creation (with G. von Krogh and K. Ichijo), New York: Oxford University Press, 2000.
Handbook of Organizational Learning & Knowledge (with M. Diekes, A.B. Anthal and J. Child eds.), Oxford: Oxford University Press, 2000.
Knowledge Creation: A Source of Value (with G. von Krogh and T. Nishiguchi eds.), London: Macmillan, 2000.
The Light and the Shadow: How Breakthrough Innovation is Shaping European Business (with O. Kalthoff and P. Nueno), Roland Berger Foundation, 1997.
Relentless: The Japanese Way of Marketing (with J.K. Johansson), New York: Harper Business, 1996.
The Knowledge-Creating Company (with H. Takeuchi), New York: Oxford University Press,
1995.
Intellectualizing Capability (with N. Konno), Tokyo: Nihon Keizai Shimbun-sha, 1995 (in
Japanese).
U.S. Marine Corp: Self-Innovation of Non-profit Organization, Tokyo: Chuuo Kouron
Shinsha, 1995 (in Japanese).
Management for Knowledge Creation, Tokyo: Nihon Keizai Shimbun-sha, 1990 (in
Japanese).
Strategic vs. Evolutionary Management: A U.S.-Japan Comparison of Strategy and
Organization (with T. Kagono, K. Sakakibara and A. Okumura), Amsterdam: North-Holland, 1985.
An Evolutionary Theory of the Firm, Tokyo: Nihon Keizai Shimbun-sha, 1985 (in Japanese).
Essence of Failure: Organizational Study of the Japanese Armed Forces during the World War II (with R. Tobe, Y. Teramoto, S. Kamata, T. Suginoo and T. Murai), Tokyo: Diamond-sha, 1984 (in Japanese).
A Comparison of U.S. vs. Japanese Management (with T. Kagono, K. Sakakibara and A.
Okumura), Tokyo: Nihon Keizai Shimbun-sha, 1983 (in Japanese).
Organization and Market: A Contingency Theory, Tokyo: Chikura Shobo, 1974 (in Japanese).
Articles /Book Chapters
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“Visionary Knowledge Management: The Case of Eisai Transformation” (with V. Peltokorpi),
International Journal of Learning and Intellectual Capital, 3 (2), 2006.
“Organizational Knowledge Creation Theory: Evolutionary Paths and Future Advances”
(with G. von Krogh and S. Voelpel), Organizational Studies, 27(18): 1179-1206, SAGE
Publications, 2006.
“Managing Organizational Knowledge: Theoretical and Methodological Foundations” in K.G.
Smith and M.A. Hitt (eds.), Great Minds in Management, New York: Oxford University,
2005.
“The Theory of the Knowledge-Creating Firm: Subjectivity, Objectivity and Synthesis” (with
R. Toyama), Industrial and Corporate Change, 14 (3): 419-436, 2005.
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“The Knowledge-Creating Theory Revisited: Knowledge Creation as a Synthesizing Process”
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“A Firm as a Dialectical Being: Toward a Dynamic Theory of a Firm” (with R. Toyama),
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“Integrated IT Systems to Capitalize on Market Knowledge” in G. von Krogh, I. Nonaka and
T. Nishiguchi (eds.), Knowledge Creation: A New Source of Value, London: Macmillan, 2000.
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“Emergence of “Ba”: A Conceptual Framework for Continuous and Self-transcending Process
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“A Theory of the Firm’s Knowledge-Creation Dynamics” (with H. Takeuchi) in A.D.
Chandler, P. Hagstrom and O. Solvell (eds.), The Dynamic Firm, Oxford: Oxford University
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von Krogh, J. Roos, and D. Klein (eds.), Knowing in Firms: Understanding, Managing, and
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“Managing Innovation as an Organizational Knowledge Creation Process” in G. Pogorel (ed.),
Technology Strategies in the Nineties: A Tricontinental Handbook, Milan: Franco Angeli,
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“A Dynamic Theory of Organizational Knowledge Creation” Organization Science, 5 (1)
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“Organizational Knowledge Creation Theory: A First Comprehensive Test” (with P. Byosiere,
C.C. Borucki and N. Konno), International Business Review, 3 (4) 337-351, 1994.
“Beyond Reengineering” Organizational Science, 28 (1) 21-31, 1994 (in Japanese).
“Models of Knowledge Management in the West and Japan” (with G. Hedland) in P. Lorange,
B. Chakravarthy, J. Roos and A. Van de Van (eds.), Implementing Strategic Processes:
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“A Theory of Interorganizational Knowledge Creation: Case Study of Innovation Process of
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Japanese).
“Managing Knowledge Creation for the Global Firm: Case Study of Innovation Process of
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“Managing the New Product Development Process: How Japanese Companies Learn and
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“Japanese Management: What about the ‘Hard’ Skills?”(with J. Johansson), Academy of
Management Review, 10 (2) 181-191, 1985.
“Marketing Management, Its Environment, and Information Processing: A Problem of Organizational Design” (with F.M. Nicosia), Journal of Business Research, 7 (4) 277-300, 1979.
Definição de Gestão do Conhecimento Organizacional (KM) usada neste blog:
Gestão do Conhecimento Organizacional é entendida neste blog como um metaprocesso, uma reflexão crítica, que, explícita e sistematicamente, define ações e práticas de apoio para melhorar as políticas, programas e processos do conhecimento organizacional de um determinado arranjo organizacional, criando as possibilidades para a criação dinâmica de seu Conhecimento Organizacional, ou seja, sendo precursora das inovações necessárias ao seu constante Aprendizado Organizacional.
Os pontos de vista aqui apresentados são exclusivamente do autor e não representam os de qualquer instituição com a qual ele esteja, ou tenha estado, ligado por qualquer laço de afiliação, prestação de serviços ou contratação.
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