terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Você precisa ter um modelo para poder aperfeiçoar seu modelo

Prezados

Eu sou assinante da lista do Rubens Queiroz de Almeida, que é uma maneira bem interessante de dar um reforço no inglês. Para quem ainda não conhece, basta acessar http://www.aprendendoingles.com.br/.

A "dica do dia" enviada por ele hoje é uma frase que tem muito a ver com aquilo que eu venho pregando em termos de Gestão do Conhecimento:

You´ve got to have a dream if you want to make a dream come true.
Rodgers and Hammerstein


A idéia é antiga e se aplica a diversos aspectos da vida, tanto das pessoas quanto das organizações humanas. Se você não tem um sonho, não pode realizar seu sonho. Nessa mesma linha, gosto muito da frase do Cazuza e Frejat, “Quem tem um sonho não dança”.

Em termos de Gestão do Conhecimento Organizacional, eu tenho um modelo(1) e não me perco.

Se surgir algum fato novo que meu modelo não comporte, ótimo, adapto meu modelo.
É claro que esta idéia não é absolutamente nova.

Partindo da clássica frase de Sêneca:

Nenhum vento sopra a favor, de quem não sabe para onde ir”,

ou até mesmo pelo adorável diálogo de Alice com o Gato, em Alice no País das Maravilhas:

"O senhor poderia me dizer, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui?"
"Isso depende muito de para onde você quer ir", respondeu o Gato.
"Não me importo muito para onde...", retrucou Alice.
"Então não importa o caminho que você escolha", disse o Gato.

Passando também por Peter Senge com sua disciplina da Visão Compartilhada que estimula o engajamento do grupo em relação ao futuro que se procura criar e elabora os princípios e as diretrizes que permitirão que esse futuro seja alcançado.

E ainda por Nonaka e Takeuchi quando elencam a Intenção, aspiração de uma organização, suas metas, como uma das condições capacitadoras da Criação do Conhecimento Organizacional.

Enfim, exemplos não faltam da óbvia importância de ter um rumo. Dá até para implantar uma iniciativa de Gestão do Conhecimento sem um modelo, mas se você pretende que ela seja sustentável, um processo permanente em sua empresa, não há como não pensar em um modelo.

Por pior que ele seja, somente se você tiver um, poderá aperfeiçoá-lo.

Forte abraço

Fernando Goldman

(1)GOLDMAN, Fernando Luiz. Um modelo estruturado para implantação de Gestão do Conhecimento Organizacional. In: XV SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO – SIMPEP, Bauru, 2008.Download disponível em http://www.simpep.feb.unesp.br/anais_simpep.php?e=2, autor=Goldman.

Um comentário:

Marcelo Yamada disse...

Tudo bem, Fernando?
Como você já deve ter notado, também sou um apreciador de modelos.
Concordo com seus argumentos. fazendo apenas a ressalva de que às vezes podemos ver os modelos como bússolas e outras vezes podemos vê-los como mapas.
Esse dilema "bússola x mapa" me fez resgatar um post antigo que havia feito em um blog interno da Promon.
Reproduzi o mesmo em meu blog externo: http://mygc.wordpress.com/2009/04/05/padroes-sao-a-salvacao-ou-a-perdicao/.
Um abraço.
MY