Prezados
Tenho insistido na idéia de que o Paradigma de Planejamento do Setor Elétrico Brasileiro baseado na Geração Centralizada e Otimização Energética não se aplica mais, pelo menos em sua concepção original, precisando ser repensado.
Na medida que as hidrelétricas construídas hoje, atendem a requisitos ambientais que impedem a manutenção das antigas relações entre potência instalada e capacidade de armazenamento, não é possível planejar o sistema imaginando a falta de água como fator extemporâneo.
Segue uma notícia publicada no IFE de hoje, ilustrando meu ponto de vista.
Leiam a notícia abaixo e reflitam sobre o impacto durante os meses de pouco fluxo de água, 5 meses, da venda do total da energia possível de ser produzida em Sto Antonio, Rio Madeira, 3150 MW, tratando-se de uma usina de pouca acumulação.
Isso sem contar o custo de transmissão instalada para viabilizar o transposte dessa energia, que fica inoperante.
Forte abraço
Fernando Goldman
1 Gesel: tarifa fica mais cara em 2009
O custo da energia gerada em usinas termelétricas, que está sendo usada para preservar os reservatórios das hidrelétricas, vai pesar no bolso dos consumidores já a partir do próximo ano. O professor Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) do Instituto de Economia da UFRJ, destacou que os preços médios da energia gerada nas térmicas a gás natural está variando atualmente no mercado entre R$ 230 e R$ 450 o MWh, contra cerca de R$ 130 o MWh da energia hidrelétrica. Estão sendo gerados cerca de 4.500 MW médios de energia térmica, dos quais cerca de 2.600 MW são com gás natural e o restante, a óleo. O coordenador do Gesel alertou que a decisão tomada ontem pelo governo de acionar mais térmicas a óleo vai ter impacto ainda maior nas tarifas cobradas dos consumidores: o custo da energia dessas térmicas é ainda superior ao das térmicas a gás. "As térmicas a óleo são bem mais caras", destacou Nivalde de Castro. (O Globo - 11.01.2008)
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