Acho que aqui neste espaço, os desafios que uma Gestão do Conhecimento Organizacional nos apresenta ficam mais evidentes, pois estamos pensando em sustentabilidade.
A adoção do ideal da sustentabilidade, em todas as suas diferentes dimensões, está ligada fundamentalmente à busca por longevidade.
Este é um dos muitos paradoxos com que temos lidar, quando analisamos o Conhecimento Organizacional. Precisamos estar sempre mudando – inovando – para continuar sendo nós mesmos – existindo.
Usar hoje os recursos necessários ao desenvolvimento, deixando-os disponíveis para as gerações futuras – a definição básica de sustentabilidade – significa criar continuamente soluções – conhecimentos – capazes de fazer frente às mudanças que ocorrem no ambiente a nossa volta.
Embora o paradigma evolucionário, utilizado na Economia desde os anos 1980, tenha destacado o papel da inovação e hoje seja linguagem corrente nos arranjos organizacionais ( empresas, ONGs, repartições e orgãos públicos, etc.) o culto à inovação, ainda não se difundiu suficientemente entre nós a percepção de Nonaka de que a “inovação é a criação dinâmica do Conhecimento Organizacional”.
Assim, para nos libertarmos dos discursos vazios, que pregam a sustentabilidade e a busca da inovação, mas que não dão conta de como alcançá-las, precisamos vencer uma série de barreiras que dificultam entender o que é o Conhecimento Organizacional e seu caráter dinâmico.
Forte abraço
Fernando Goldman
* Comentário apresentado hoje no evento virtual Popularização da GC na Sustentabilidade
Capes, CNPq e as jabuticabas
Há 9 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário