domingo, 29 de maio de 2011

Cibernética de Segunda Ordem (II)*



Prezados


Antes de se entender que Gestão do Conhecimento Organizacional só faz sentido como um metaprocesso – uma atividade de segunda ordem – é preciso entender o que é a Cibernética de Segunda Ordem.



A expressão "Cibernética de Segunda Ordem" muitas vezes assusta aos mais impressionáveis, mas não há o que temer. No fundo, trata-se de um conceito fácil de ser entendido.



É preciso se debruçar sobre os principais aspectos relativos à "epistemologia do observador", com a qual a Cibernética de Segunda Ordem e suas abordagens associadas lidam. Trata-se de entender a relação entre o observador e o sistema observado, em outras palavras, entre o "observador" e o "objeto de observação".



Como observadores, podemos começar com o estudo de uma observação de primeira ordem.



Podemos fazer isso a partir da perspectiva de um Realismo Ingênuo (Naïve), também conhecido como Realismo Direto ou ainda como Realismo de Senso Comum. Ver Naïve Realism.



O Realismo Direto trata-se de uma filosofia enraizada no senso comum baseada na ideia de que os sentidos nos dão a consciência direta do mundo externo.



A visão realista diz que os objetos são compostos de matéria, ocupam espaço e têm propriedades, como tamanho, forma, textura, odor, sabor e cor, que geralmente são percebidos corretamente. Nós percebemos como eles realmente são. Os objetos obedecem às leis da física e mantem todas as suas propriedades, independentemente, se existe ou não um observador para observá-los.



Veja a figura 1 abaixo:





Contiua em breve.



Forte abraço


Fernando Goldman



*Esta postagem é continuação da postagem de mesmo título, publicada na terça-feira, 7 de setembro de 2010, disponível em http://kmgoldman.blogspot.com/2010/09/cibernetica-de-segunda-ordem.html.

Um comentário:

Ferdinand disse...

Fernando
Relendo mais uma vez o discurso do Foerster, agora pude apreciar a riqueza do mesmo. Interessantíssimo na colocação " Je pense, donc je suis" que deveria ter sido " Je pense, donc nous sommes" o Descartes teria relutado horrores.
Forte abraço
Ferdinand