Prezados
Diversos autores, de diferentes vertentes de pensamento e áreas de atuação, têm se dedicado a pesquisar os fatores que possibilitam aos arranjos organizacionais "aprenderem".
Por que tanta ênfase em entender os diferentes aspectos do Aprendizado Organizacional?
Arie De Geus, ex-presidente da Royal Dutch/Shell, em seu livro "A Empresa Viva - Como As Organizações Podem Aprender a Prosperar e Se Perpetuar" (1998)*, aborda as características essenciais necessárias a assegurar às empresas prosperarem ao longo dos séculos. De como obter longevidade organizacional. Aquele livro foi baseado em uma pesquisa feita pela Shell, a qual revelou que um terço das empresas relacionadas entre as "
De Geus faz em seu livro um importante apanhado do pensamento organizacional nas três últimas décadas do século passado, propondo uma profunda distinção entre "empresas vivas", cujo propósito é realizar seu potencial e se perpetuar como comunidades longevas, e simples empresas econômicas, que agem apenas em função do lucro imediato e dos resultados de curto prazo.
Ele relata que em meados da década de
A lista incluía a Daimaru, a DuPont, a Hudson's Bay, a Mitsui, a Stora (fundada em 1288), a Sumitomo e a W. R. Grace.
A conclusão a que chegou, relatada no livro, é que as empresas longevas têm quatro características essenciais. Elas são:
• sensíveis ao próprio meio para poder aprender e se adaptar;
• coesas, com forte senso de identidade;
• tolerantes ao pensamento não convencional e à experimentação;
• conservadoras nas finanças.
Forte abraço
Fernando Goldman
* GEUS, Arie de, A Empresa Viva. Rio de Janeiro: CAMPUS, 1998.
** Trecho adaptado para postagem neste blog, publicado originalmente em:
GOLDMAN, Fernando Luiz. Leilões da transmissão de energia elétrica no Brasil de
3 comentários:
Fernando
Receio pensar que o que está agindo são outras forças que o aprendizado de organizacional. Estes gigantes são comandados por pessoas absolutamente sem escrúpulos. O mote é crescer ou morrer e este é um "atrator" muito forte. O capital está asfixiando as instituições, elas viraram reféns do mesmo. Evidentemente tudo tem que ser feito na maior discrição. Penso que a crise de 2008 foi fabricada pelo sistema financeiro. Tinha gente de dentro do sistema avisando que assim não dava, tomaram alguma providência? Não. Não precisava. Não iam pagar a conta mesmo. A massa é que ainda está pagando, amargando a perda de milhões de empregos.
Forte Abraço
Ferdinand
Fernando
Ví agora há pouco o mapeamento do livro a empresa viva por Claudio Loes feito em 2006, via google.
Muitíssimo interessante.
A compressão dos conceitos em uma linha apenas acaba amassando /enfeiando o conteúdo.
Mas é o preço que se paga para poder ver o todo alí reunido.
Na chave de "aprendizado" aparece a menção Migração: Capitalismo para Sociedade do Conhecimento. Súbitamente não sei o que é "capitalismo" e não sei o que é "sociedade do conhecimento" e não sei o que são os dois juntos!
Bem, vai passar.
Tenho o que aprender!
Abraço
Ferdinand
Fernando
Não sei se viste no NYT esta semana, o Madoff afirmando que o mundo das finanças sabia o que ocorria só que "preferiu não saber" no golpe que ele estava aplicando nos investidores.
Tenho um amigo que diz que: O dinheiro é muito esperto, não para na mão de otário.
Abração
Ferdinand
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