quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A importância do Modelo de Cinco Fases


Prezados


O nosso Ferdinand fez o seguinte comentário:

Fernando
Estamos num mar de
confusão. Quem acreditar em Nonaka, e sua proposta de conversão de
conhecimentos, tem que acreditar que é possível explicitar conhecimento tácito.
E aí estará cometendo uma heresia!
prefiro pensar que não entendí o que se
intencionava expor.
Abração
Ferdinand

Não há confusão não. O que temos de fazer é seguir a velha lógica do futebol: botar a bola no chão e sair tocando.


Quando Nonaka fala em conversão do conhecimento tácito em explícito, ele está se referindo a uma conversão social, a uma mudança de padrão. Nunca confinada a um indivíduo. O conhecimento tácito de determinado indivíduo continuará tácito. Trata-se de converter o conhecimento tácito dos indivíduos em conhecimento explícito do grupo e do arranjo organizacional.


Depois, é preciso entender que esse conhecimento explícito do grupo não significa, simplesmente, alguma coisa escrita ou falada. Ele pode ser explícito na justificação de conceitos e posteriormente na construção de um arquétipo (um protótipo, uma campanha, uma rotina e por aí vai).


É interessante que a maioria das pessoas não tenha fôlego para ler todo o capítulo 3 do livro de Nonaka e Takeuchi (1995). Aquele capítulo traz três importantes informações sobre a Teoria da Criação do Conhecimento Organizacional.


A primeira informação é o modelo SECI, onde a grande maioria estanca. O modelo SECI é importante e precisa ser bem compreendido. Em especial, é muito importante entendê-lo como um processo social, onde os padrões de conhecimento vão se passando de um ou mais indivíduos para o grupo no qual estejam trabalhando e dos grupos para o arranjo organizacional como um todo.


A segunda informação diz respeito às condições capacitadoras da criação do conhecimento, uma espécie de pré-requisitos para que a espiral do conhecimento descrita no modelo SECI aconteça.


A terceira informação, a mais importante, recebe pouca atenção na literatura, que crítica a Teoria da Criação do Conhecimento Organizacional, pois poucos chegam lá. Trata-se do Modelo de cinco fases, mostrado na figura acima, a qual está disponível no livro abaixo indicado.


Forte abraço


Fernando Goldman


TAKEUCHI H. & NONAKA I. Hitotsubashi on Knowledge Management. Singapore: John Wiley & Sons (Asia), 2004. ( Já publicado em português)

Um comentário:

Ferdinand disse...

Fernando
Via lógica do futebol para mim não funciona. Não conseguí aprender as mandingas e só me deixavam agarrar no gol quando eu era o dono da bola.
Em jogos com bola dos outros não tinha vaga para frangueiro.
Aquela outra metáfora também não funciona.
Quem não gosta de samba......
É ruím da cabeça, ou doente do pé.
Acho que só enquadra uma....
E à propósito, já comecei a ler o terceiro capítulo do Nonaka. A leitura vai um pouco devagar por causa das lombadas místicas no texto.
Desculpe a brincadeira.
Abração
Ferdinand