quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Apresentação no XII Engema

Prezados

Segue a apresentação de slides feita por mim no XII ENGEMA, sobre o tema " Inovação e Sustentabilidade na Transição para uma Economia de Baixo Carbono"


Forte abraço

Fernando Goldman

11 comentários:

Ferdinand disse...

Fernando
O cerne de tua apresentação é o slide 10, justo a parte da conceituação criada por Nonaka e que tenho real dificuldade em concordar. Bem verdade que o Nonaka estava em outro "Zeitgeist" e é originário de outra cultura ( mesmo tendo feito seu Doutorado na California, ele enxerga a realidade a seu próprio modo). Acho o que mais influencia a KM é o clima organizacional. Como fazer emergir conhecimento em climas de medo e desconfiança? Quem descobrir vai bombar!
Forte Abraço
Ferdinand

Ferdinand disse...

Outro aspecto que emerge quando começamos a mergulhar em teus textos ( muitos e bons, verdade seja dita) é a natureza paradoxal da razão de ser da KM. As organizações precisam da KM, é uma necessidade visceral, pois quem não se mexer morre. Do ponto de vista do empregado de chão de fábrica, na maior parte dos casos é vista como enganação da "chefia", pois a relação empregado x chefia ( ou patrão) é brutalmente assimétrica. Nessa situação como conduzir um programa de KM? Como encantar / enganar o empregado para que se possa espremer o máximo do mesmo antes de descartá-lo?
Não será por isso que a coisa não decola ao sul do equador?
Desculpe a provocação
Forte abraço
Ferdinand

Fernando Goldman disse...

Prezado Ferdinand

Acredito que a medida que você for conhecendo melhor a obra de Nonaka e seus coautores, entre eles Teece, tenho certeza que você abandonará os chavões relativos à origem nipônica dele e poderá reconhecer que a Teoria da Criação do Conhecimento Organizacional é robusta e se apóia no componente mais fundamental do ser humano, seu conhecimento.

Quanto ao problema do clima organizacional, lamento lhe informar que ele é um pequeníssimo detalhe em relação à cultura organizacional. É claro que arranjos organizacionais têm melhor desempenho de conhecimento quando o clima é indutor, mas não espere um paraíso para começar a produzir. Lembre-se que a firma é locus de conflitos.

Forte abraço

Fernando Goldman

Fernando Goldman disse...

Prezado Ferdinand

Repare que eu estou tentando mostrar que aquela idéia de que “KM tenta se apropriar do conhecimento dos funcionários, porque ele pertence à empresa” está totalmente ultrapassada.

Estamos falando em usar o conhecimento como fator de produção. Alguma coisa que vai muito além de ficarmos preocupados porque alguns de nossos funcionários, com capacidade de ação eficaz, podem se aposentar nos próximos anos. Eles podem morrer amanhã, ou hoje mesmo.

Não estou falando em guardar conhecimento, porque o que você guarda é informação. Estou falando em criar conhecimento organizacional.

Forte abraço

Fernando Goldman

Ferdinand disse...

Fernando
O pouco que percebo do Nonaka não me faz reverberar. A conceituação de conhecimento defendida por ele não apresenta conteúdo cognitivo que eu possa concordar. O modelo SECI é outro constucto discutível, e já tem outros modelos propostos. Não vou entrar no mérito de qual é o melhor modelo, qual dá o melhor resultado? As métricas ainda são bastante questionáveis. De qualquer forma continuo buscando opiniões a favor e as contra também. Tens feito um ótimo trabalho no sentido de disseminar KM. Parabéns.
Forte abraço
Ferdinand

Ferdinand disse...

Fernando
No slide 11 aparece a sigla TCCO, posso inferir que significa TEORIA DE CRIAÇÃO DE CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL? O produto/ resultado da mesma seriam as normas e procedimentos formais e as condutas informais adotadas na empresa?
Aí se enquadram apenas os processos bem comportados, aqueles para os quais é possível fazer previsões acertadas. São processos onde podem trabalhar as pessoas que vão seguir estes procedimentos e eventualmente chegar a uma melhoria incremental, aqui e ali.
Decerto haverá imterpretação especializada e com maior conteúdo, não?
Abração
Ferdinand

Fernando Goldman disse...

Ferdinand

A Teoria da Criação do Conhecimento Organizacional se propõe a dar explicações e fazer previsões ( afinal de contas é uma teoria) sobre o elemento fundamental da mudança econômica, a dinâmica da inovação.

Vários autores tem se debruçado sobre o tema, tentando entender a inovação a nível das firmas.

Vou fazer uma postagem sobre como a TCCO vê a inovação acontecer, através da criação do conhecimento organizacional.

A partir desta visão, deste modelo podemos dizer, é possível estabelecer caminhos para melhor lidar com o conhecimento organizacional.

Forte abraço

Fernando Goldman

Ferdinand disse...

Fernando
Acho que ainda não entendí o que é a TCCO. Onde está sendo utilizada e quais são os resultados.
Exemplos do dia a dia por favor.
Não consigo enxergar a correlação de nenhuma inovação importante com KM.
Abração
Ferdinand

Fernando Goldman disse...

Prezado Ferdinand

Você consegue enxergar alguma correlação entre inovação e conhecimento?

Forte abraço

Fernando Goldman

Ferdinand disse...

Fernando
Correlação pura entre conhecimento e inovação me aparece meio turva. Tipo "vanishing in the haze".
O que percebo é que há que adicionar imaginação, audácia, coragem de correr riscos, para que possa emergir algo relevante, algo novo, ou seja inovação.
Veja o exemplo da caneta esferográfica. Existiam ideias no século 19, mas Laszlo Biro a tornou viável técnicamente na decada de 30. Marcel Bich, desenvolveu o processo para fabricação em larga escala, aí temos hoje as BIC. Existem diversas variantes hoje. Uma boa parte foi desenvolvida nas fábricas. Chamar escrita-fina ou uma cor moderna de inovação?
Na mesma linha, o gráfico de Gantt ou a rede pert, são inovação quando foram cradas. Os softwares são apenas outra forma de veicular a idéia anterior. Verdade que são bem mais produtivos e te permitem fazer mais com menos recursos, mas não passam da mesma ideia.
É nesse sentido que questiono a correlação direta entre conhecimento e inovação.
Abraço
Ferdinand

Fernando Goldman disse...

Prezado Ferdinand

Respondo com um texto um pouco mais longo, o que me obriga a fazer uma postagem.

Forte abraço

Fernando Goldman