Prezados
Compartilho com vocês comentário que postei no blog da Ana Neves, o qual aliás recomendo( ver minha lista de blogs).
O tema lá era "melhores práticas" e eu vinha mesmo pensando em fazer aqui uma postagem sobre o assunto.
Forte abraço
Fernando Goldman
Gostaria de contribuir para a discussão sobre “melhores práticas” com uma abordagem um pouco diferente do usual.
Acredito que seja mais fácil entender o que vou expor, olhando para o modelo do link a seguir:
Porém, para os que não estão familiarizados com este tipo de representação, não há problema. Não é preciso olhar o modelo.
É verdade que quando se fala de Gestão de Conhecimento, para muitos fala-se da captura e documentação de melhores práticas.
O termo “melhores práticas” é característico das metodologias de Gestão de Projetos, embora não seja propriedade exclusiva desta área. A idéia de em grandes projetos se fazer ao final de diferentes etapas uma reunião de melhores práticas ou de lições aprendidas, um eufemismo para erros detectados, é certamente salutar.
Não creio que haja por trás da expressão melhores práticas as ideias de que: elas não possam ser melhoradas, devam ser seguidas à risca ou se apliquem em todas e quaisquer circunstâncias.
Ao contrário, toda organização, seja uma empresa ou qualquer outro tipo de arranjo organizacional, se caracteriza pela adoção de rotinas, como bem pregam os neo-schumpeterianos. Estas rotinas são tanto estáticas como dinâmicas.
Quando falamos em metodologias que adotam melhores práticas, estamos falando de rotinas estáticas e em processos de melhoria contínua, os quais, através de inovações incrementais surgidas em processos de tentativas e erros, buscam constantemente identificar as rotinas (práticas) mais adequadas, detectadas até o presente momento.
Através de rotinas de melhoria − por exemplo, fazer reuniões de melhores práticas− a empresa reexamina suas rotinas estáticas constantemente e procura aperfeiçoá-las, em um loop que lida fundamentalmente com conhecimentos explicitados e informações registradas (conteúdos), sem contudo alterar as estruturas de conhecimento que predominam na organização.
Em empresas que alcançam a eficiência adaptativa, rotinas evolutivas possibilitam a alteração das estruturas de conhecimento em um outro loop que lida fundamentalmente com conhecimentos tácitos.
Assim, é possível perceber que a dita “busca das melhores práticas” é muito importante para a eficiência da organização, mas há outras ações , menos explícitas, que são importantes para a eficácia da organização.
Capes, CNPq e as jabuticabas
Há 9 anos
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