sábado, 6 de junho de 2009

Começando a debater


Esta mensagem foi publicada na Mesa de Debates 2 do 7º SENAED

Mensagem de : Fernando Goldman
Empresa : SBGC-RJ
Tipo de participação: ( X)Integrante da Mesa ( )Participante
Em resposta a: João Mattar - mensagem 41

Prezado João

O prazer é meu de ter podido montar esta mesa. Quando nosso presidente, o Prof. Heitor Pereira, e a Lourdes me convidaram para esta coordenação, um dos fatores que me motivaram foi o fato de você estar à frente do SENAED.

Você tem o crédito de ter me tornado cliente do Bar Urca, ao falar dele em seu blog ( e muitos outros créditos, pois em seu blog tenho aprendidomuito), mas ainda me deve comermos juntos um arroz com polvo e brócolis lá.

Voltando à nossa Mesa de Debates, eu tenho feito uma espécie de cruzada no sentido de desmistificar um pouco essa tal de Gestão do Conhecimento. Desmistificar com responsabilidade. Um primeiro passo é tentar eliminar algumas hierarquizações que acabam inibindo as pessoas de melhor entender o que é Gestão do Conhecimento Organizacional (GCO).

Por exemplo, quando nós dois dizemos que "fazer Gestão do Conhecimento é um desafio muito mais complexo do que elencar treinamentos", é importante que isso não crie uma espécie de barreira do tipo "nós fazemos GC" e "vocês programam treinamentos".

A verdade é que muitos dos chamados sistemas de GCO são na verdade sistemas de Gestão de Informações, lidando apenas com conhecimentos já explicitados, envolvendo a simples divulgação de rotinas e às vezes sua correção, ficando a GCO restrita à explicitação e à disseminação das melhores práticas, lições aprendidas e registro de experiências. Quando é assim, a GCO deixa de focar os aspectos mais instigantes e desafiadores da construção do Conhecimento Organizacional, sendo em muitos casos confundida com a Gestão de Projetos, a Gestão de Pessoas e a Educação Corporativa, em resumo, deixando de ser percebida como um metaprocesso. Nem por isso devemos diminuir ou menosprezar aquelas outras atividades ( Processos Operacionais e às vezes Estratégicos), mas sim perceber que sem elas a GCO, como um metaprocesso que é, não será capaz de construir as Capacitações Dinâmicas necessárias ( eu evito a expressão Competências
Essenciais, por diversos motivos que talvez possamos também aqui discutir mais tarde).

Tudo isso pode sim parecer meio complexo a princípio, mas tenho cada vez maior certeza de trata-se de um caminho convergente com o que a EaD Corporativa e suas diversas ferramentas, em especial as mais sociais, podem proporcionar.

Forte abraço

Fernando Goldman

Nenhum comentário: