domingo, 5 de abril de 2009

Quando você tem certeza de que não está fazendo Gestão do Conhecimento Organizacional?

Prezados

Esta semana fui convidado a participar de uma reunião conjunta em que dois grupos de trabalho, de uma empresa que não vou citar o nome, um de Gestão do Conhecimento e outro de Gestão de Pessoas, iriam discutir se não havia ações redundantes entre os dois grupos. Afinal, depois de muito pensar se observou que se é verdade que o conhecimento está nas pessoas, as ações do grupo de Gestão do Conhecimento envolvem pessoas e consequentemente poderiam conflitar com ou reproduzir ações do grupo de Gestão de Pessoas.

De imediato fica clara aqui a necessidade de se fazer questão de definir a atividade não somente como Gestão do Conhecimento, por tudo que já foi discutido em postagens anteriores, mas sim como Gestão do Conhecimento Organizacional (GCO).


Certamente, fazer GCO envolve uma série de atividades que numa estrutura burocrática/ hierárquica já são perseguidas por outras “caixinhas”.

Não há como pensar em GCO sem imaginar que se deixará de afetar a Gestão de Informações, a Educação Corporativa, a Gestão de Pessoas, a Gestão de Projetos etc..

Aqui começo a usar Fernando Pessoa, ver postagem http://kmgoldman.blogspot.com/2009/04/fernando-pessoa-para-ajudar-entender.html para melhor entender as coisas.

Quando Alberto Caiero diz :

Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.

E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).


Pois aqui eu faço uma analogia. Se for para fazer o que já fazem a Gestão de Informações, a Educação Corporativa, a Gestão de Pessoas, a Gestão de Projetos etc. para que que lhe chamo de Gestão do Conhecimento Organizacional. Chamo-lhe de Gestão de Informações, de Educação Corporativa, de Gestão de Pessoas, de Gestão de Projetos etc.

Pode não ser muito poético, mas é bastante lógico.

Assim, quando você observar que está fazendo apenas a mesma coisa que já é feita em um processo operacional ( Gestão de Informações, Educação Corporativa, Gestão de Pessoas, Gestão de Projetos etc.) em um processo que você imaginava um meta-processo ( Gestão do Conhecimento Organizacional ), que lida com intangíveis e tem como produtos os processos de conhecimento da organização, talvez seja hora de você reavaliar o que está fazendo.

Mas, por favor, se isto acontecer, não saia por aí gritando que Gestão do Conhecimento não existe. Seja humilde e diga que você ainda não encontrou o caminho de sua empresa fazer Gestão do Conhecimento Organizacional, pois só pensar no assunto, já é um grande ganho para muitas empresas que estão morrendo.


Forte abraço

Fernando Goldman

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