domingo, 30 de outubro de 2011

Alex Osterwalder no Rio Business Innovation 2011

Prezados

Recebi do Claudio D´Ipolitto o convite para o Rio Business Innovation 2011. Vejam os detalhes abaixo. 

Forte abraço
Fernando Goldman

 
Prezado,
Temos o prazer de apresentar o seminário Rio Business Innovation 2011, que terá lugar nos dias 28 e 29 de novembro de 2011, no auditório da FGV Rio, em Botafogo e que promovemos com o apoio da FGV Rio, Band Rio, Rio Negócios, Sebrae Rio, ABRH, ABIMAQ, INPI, REINC e Porto Maravilha.
As questões centrais postas pelo seminário a gestores e empreendedores são: 
  • "você conhece as novas oportunidades de negócio em curso no Rio de Janeiro e suas repercussões no Brasil?"
  • "seu modelo de negócios está preparado para aproveitar tais oportunidades?"
O objetivo é alertar as equipes envolvidas no desenho de novos produtos e novos modelos de negócio para enormes oportunidades geradas pela convergência dos fluxos de investimento relacionados a Rio+20, Copa, Olimpíadas, Porto Maravilha, Pré-sal, novas fontes de energia e indústrias criativas.

No dia 28/11, 2ªfeira, teremos o consultor internacional Alexander Osterwalder que apresentará o método Business Model Generation, já adotado por empresas como 3M, Ericsson, IBM, Telenor e outras.

O dia 29/11, 3a feira, será aberto pelo painel "Inovação e Sustentabilidade", que já conta com as presenças confirmadas de Jorge Avila, presidente do INPI que tratará das Patentes Verdes, do consultor Victorio Mattarozzi que abordará entre outos temas, o Protocolo Verde, Carbon Disclosure Project, Dimensões da Sustentabilidade (Tripple Botton Line) e os Princípios do Equador e da Dra Alice Ferruccio, professora da POLI/UFRJ e diretora da ABRH, que abordará os requisitos humanos para a inovação.

Contamos, ainda, com os seguintes palestrantes já confirmados: Maurício Guedes (Parque Tecnológico da UFRJ), Alberto Machado Neto (ABIMAQ), Marcos Cavalcanti (CRIE COPPE/UFRJ), Andrea Bedeschi (Rio Negócios), Sandro Sato (DOW) e Alberto Silva (Porto Maravilha-Rio).
O programa atualizado está disponível na página do Rio Business Innovation 2011 

As inscrições podem ser feitas em 

Junte-se a nós nesta mobilização pela inovação no Brasil.

Agradecemos sua atenção.

Atenciosamente, Claudio D´Ipolitto


FGV Management
Professor de Novos Modelos de Negócio
Coordenador do MBA em Gestão e Produção Cultural
Coordenador Geral do Seminário Rio Business Innovation


Produtor Executivo do Seminário Rio Business Innovation


Fernando Graell
InoveLab: Inovação, Cultura e Desenvolvimento Ltda.



sábado, 29 de outubro de 2011

Lançamento do Livro Contadores de Histórias: um exercício para muitas vozes

Prezados


Por fim vai sair o livro sobre Narrativas organizado pela Benita Prietro.

O livro se propõe a ser uma referência para pesquisadores, contadores de histórias, bibliotecários, agentes de leitura, professores e todos os interessados na arte de contar histórias. A publicação vai falar sobre a importância da narração oral para melhoria da sociedade e sua interferência nos diversos ambientes do convívio humano: escolas, meio acadêmico, empresas, família, relacionamentos interpessoais e comunidades em geral.

O livro é composto de textos, entrevistas, depoimentos, ensaios inéditos de contadores de histórias brasileiros, que têm reconhecimento nacional na sua atividade.

Participam também contadores que desenvolvem projetos de leitura usando a narração oral e artigos de pesquisadores de áreas ligadas à arte de contar histórias.

Tive a honra de escrever um capítulo sobre o papel das narrativas nos ambientes empresariais.

O lançamento será dentro do Simpósio Internacional de Contadores de Histórias. Para dar um gostinho, vejam a capa.




Espaço Sesc
Rua Domingos Ferreira 160 – Copacabana
Simpósio Internacional de Contadores de Histórias
De 9 a 13 de novembro de 2011


10/11 - 17h30 - Lançamento do Livro Contadores de Histórias: um exercício para muitas vozes, com a presença dos autores.


Forte abraço

Fernando Goldman









sexta-feira, 28 de outubro de 2011

sábado, 22 de outubro de 2011

Understanding the Framework of The Dynamics of Organizational Knowledge

Prezados

Dynamic Capabilities have been described as the key to firm superior long-term achievements. They are considered to enable creation, deployment, and protection of the intangible assets at firm-level, in particular, assets of knowledge.

They are supposed to support competitive advantages, but neither social nor behavioral sciences have had success in the endeavor to specify the nature and microfoundations of them. Microfoundations have been described as distinct skills, processes, procedures, organizational structures, decision rules, and other similar concepts and labels, which strengthen sensing, seizing and reconfiguring capabilities of the firm.

They are sometimes difficult to identify and analyze, but they are acknowledged as important issues for innovative firms. These not only adapt themselves to their business environments, but also shape those environments, through innovation and inter-firm collaboration.

Most broad literature produced in recent decades about firms, in the fields of Economics, Strategic Management, Organizational Theory, Entrepreneurship, Innovation Management and Organizational Change has not been effective in building bridges between Dynamic Capabilities and Organizational Learning processes, which should be considered processes of Organizational Knowledge Creation. It is easy to note a difficulty to explain the variation in the degree of success of firms to be innovative with reference to different degrees and qualities of their Organizational Knowledge Creation, this means, in other words, their dynamics of Organizational Knowledge.

A more accurate conceptualization of Organizational Knowledge has been relatively neglected, especially if taken into account the centrality of this issue to the understanding of the elements that allow firms to search innovation and, as a result, to create sustainable competitive advantages.

The dynamics of Organizational Knowledge is understood, in the framework proposed in this blog, as responsible for the coevolution of two sets of organizational processes that have knowledge as their main variable: one geared towards the operational functioning of the firm (both staff and line activities) referred herein as Operational Processes of Knowledge, that corresponds to knowledge processes of static routines, the object of which is the knowledge directly involved in the operation of a firm; the other dedicated to the creation of processes, policies and programs to influence, correct and improve operational processes, which will be identified with the notion of Knowledge Structures.

A better understanding of the dynamics of Organizational Knowledge will enable people to realize it as an intangible, dynamic, emerging and specific asset to each company, that does not correspond to the simple sum of knowledge of individuals of the firm, and it will be able, or not, to create sustainable competitive advantages. This blog describes a research that uses the Organizational Knowledge Creation Theory as a point of departure to examine some different frameworks up to now proposed to better understand the dynamics of Organizational Knowledge, and it will propose a new framework that will take into account new and important features, as, for instance, processes of reflection, and will identify Dynamic Capabilities as an integration of different constructs, of first and second order, in the dynamics of Organizational Knowledge and not a simple set of processes, as usual.

This blog sets forth a theoretical account of the genesis and evolution to consider different states of Organizational Knowledge. This approach takes into account the subjectivity of agents, normally not considered in other frameworks. The result of this discussion will be by presenting a general framework linking evolution of structural processes of knowledge, here not being considered the only part of Dynamic Capabilities, to the evolution of static routines, considered as operational processes of knowledge.

The proposed framework can, for instance, help scholars to understand the foundations of Organizational Ambidexterity and long-run firm success. At the same time, it can help managers to delineate relevant strategic considerations and the priorities they must adopt to enhance firm performance.

Forte abraço

Fernando Goldman

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Gestão do Conhecimento Organizacional como precursora da Inovação

Prezados

Segue apresentação feita na Semana da Produção da Faculdade SENAI/CETIQT.

Forte abraço

Fernando Goldman

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

WorkShop Como Implantar Projetos de GED/ECM - Rio de Janeiro, dias 1 e 2 de Dezembro

Prezados
 
Segue divulgação de importante evento na área de Gestão de Informações.
 
Forte abraço
 
Fernando Goldman
 

01 e 02 de Dezembro          Hotel Windsor Guanabara                            Rio de Janeiro
Objetivo
O WorkShop "Como Implantar Projetos de GED/ECM" foi concebido para ser uma oportunidade de encontro participativo entre os profissionais do mercado que permeia a sociedade do conhecimento. Em sua quarta edição, o encontro é promovido em 2011 com apoio da ABRH e da Contempory.

Em 2010, o evento reuniu 160 profissionais, representando diversas empresas, e foram discutidos os principais temas relacionados à Gestão Eletrônica de Documentos: metodologia, riscos, benefícios, resultados (ROI) e lições aprendidas durante 17 horas de debates.

O 4ª WorkShop "Como Implantar Projetos de GED/ECM" acontecerá nos dias 01 e 02 de dezembro, no Hotel Windsor Guanabara, Rio de Janeiro.
Programa Técnico
A Metodologia será apresentada com cases de uma empresa de Telecom, de uma empresa pública e uma estatal. O roteiro servirá como base para elaborar e gerenciar projetos:
  • GED/ECM e as tecnologias para tratar informações.
  • Principais desafios, riscos e benefícios envolvidos no projeto de GED/ECM.
  • Tendências e mercado na implantação de projetos de GED/ECM.
  • GED/ECM: como, porque implantar e quais os riscos.
  • Cases de projetos implantados em empresas públicas e privadas.
  • SPED Sistema Público de Escrituração Digital e os Rumos da Administração Tributária. A máquina está preparada e você?
  • Documentos Fiscais Eletrônicos – SONHO OU PESADELO?
Público-Alvo
O evento é indicado para todo profissional de qualquer área do conhecimento seja pública ou privada que desejam entender e conhecer a tecnologia de GED/ECM que vem revolucionando o mercado, aumentando suas habilidades profissionais na condução e revisão de seus projetos e para empreendedores/consultores que desejam atuar na área de gestão de informações.
Instrutores
Henrique Kelmer, Analista de Sistemas e Diretor Técnico da Contempory Informática, especialista em Gestão e Controle da Informação / GED, Há mais de 20 anos se dedica a projetos de Software de Gestão e Disseminação de Informação, onde atua em diversas instituições em todo o Brasil.
A palestra abordará sobre a "Continuidade e gestão de acervos fotográficos - Facilitador para os Fotógrafos": Como manter a continuidade e gestão de acervos fotográficos e documentos digitais e a sua disseminação no portal institucional. A distribuição da tarefa de entrada / cadastro de dados (fotos) pelos usuários / fotógrafos e como possibilitar a sua recuperação. Apresentação de um caso prático - "Fotógrafos em Campo".
 
Sônia Stropa, CDIA+, MIT, LIT in EDMS ECM and Document Specialist.
Administradora de Empresas e Web Design. Há mais de 30 anos acompanha, estuda e avalia as tendências do mercado nacional e internacional de ECM e EIM. Durante este período desenvolveu e elaborou metodologias para organização, classificação, elaboração e implantação de projetos para informações não estruturadas. Nos últimos anos dedica-se às tecnologias e automatizações de processos que geram valor agregado para a gestão e disseminação da informação. Possui as certificações: CDIA+ pela Comptia, MIT e Laureate em EDMS pela AIIM há mais de 10 anos. Em 2004 foi agraciada como a "Profissional do Ano" pelo Cenadem. Em sua trajetória profissional, desenvolveu e implantou projetos em diversos segmentos econômicos e grandes empresas como: Banco Santander, Bradesco, Safra, Frutesp, Black & Decker, TV Bandeirantes, Rede Globo, Brinks Transporte de Valores, CSL, Nortel, Claro Telecomunicações, Justiça Federal de 1º Grau, EBCT, Agre / PDG, Lopes. Atualmente trabalha como consultora e especialista em Gestão Documental, ECM e EIM. Conferencista e autora de artigos e trabalhos publicados em revistas e publicações especializadas.
 
Romoaldo Zacarias, Bacharel em Ciências Contábeis, Bacharelando em Ciências Jurídicas – Direito, Administrador de Empresas, Analista em Organização e Sistema e Métodos, Especialista em BPM (Processos) – GED / ECM / ERP / CRM, Analista de TCO e ROI, com formação concluída ou em conclusão em instituições como Fundação Álvares Penteado – SP e FGV – RJ e FAESA - ES. Prêmios: Profissional do Ano 1998 CENADEM, Best Choice Lótus / IBM – Brasil 1998, 1999, 2000 e 2001 e Finalista do Best Choice 2002 – Orlando USA – Categoria Knowledged Management. Consultor com mais de 450 Projetos e mais de 6 mil profissionais treinados. Diretor Presidente do Instituto UniLogos – São Paulo. Diretor de Negócios Corporativos da DocSystem, Diretor da ECO TV, Head of Enterprise Information Management na Business Unit de ECM – BPM – BPM.

Todêska Badke, Consultora Sênior de negócios em gestão de documentos e informações. Realizou projetos para empresas como Vale, Belgo Mineira, Gerdau, Petrobrás, Unimed, Usiminas, Rhodia, Coca Cola, Prosegur e muitas outras do mesmo nível. Organiza, coordena e realiza eventos nas áreas de gestão de informações e do conhecimento desde 1985. Graduada em Biblioteconomia pela UFES/ES, possui Mestrado pela UFMG/BH e Especialização pelo IBICT/RJ. Ministra cursos em eventos abertos e fechados e instituições de ensino superior e cursos de pós-graduação.
Local de Realização
Hotel Windsor Guanabara
Avenida Presidente Vargas, 392 - Centro
Rio de Janeiro - RJ
Fone: (21) 2195-6000, Fax: (21) 2516-1582
Duração/Horário
02 (dois) dias, 01 a 02 de dezembro de 2011, quinta e sexta-feira, das 8h30 às 18h (Intervalo de 1 hora para almoço incluido).
Carga Horária: 17 horas.
Inscrição
Pelo e-mail cursos@synergiaeditora.com.br
 
Atenção:
 
A inscrição só poderá ser cancelada até no máximo 5 (cinco) dias úteis antes do início do curso e só será devolvido o valor equivalente a 90% (noventa por cento) do valor pago.
 
A Synergia se reserva ao direito de alterar data e/ou local de realização do curso até 7 (sete) dias de antecedência.
Taxa de Inscrição
Pagamento
Até a data do evento
Valor até 21 de novembro
R$ 800,00
Valor apartir de 22 de novembro
R$ 900,00
Associados ABRH
15% de Desconto
Associados Contempory
15% de Desconto
Grupos acima de 3 inscritos
15% de Desconto
Inclusos: Material de apoio, com slides das apresentações; certificado; welcome coffee e almoço.
Descontos especiais: Para grupos acima de 3 inscrições, 15% de desconto.
ATENÇÃO: Os descontos são válidos para quitação até a data do evento – para pagamentos que sejam concretizados após o workshop, considerar sempre o valor integral, sem abatimentos.
Hospedagem
Dúvidas, solicitações e demais informações, entre em contato:
Resp: Andréia Andrade
E-mail: cursos@synergiaeditora.com.br
Tel.: (21) 3273-8250
Realização Correalização  
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Palestra na Semana de Engenharia de Produção da Senai/Cetiqt

Prezados

Segue divulgação de evento do qual participarei na semana que vem.

Forte abraço

Fernando Goldman

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Não inovamos por que temos complexo de vira-lata?

Prezados



Na segunda-feira desta semana, o Marcos Cavalcanti lançou uma interessante pergunta no Facebook, que havia aparecido no dia anterior no blog dele no O Globo. Ele perguntou:




Muito se falou do mito Steve Jobs, mas por que ele e sua empresa não são brasileiros? O que você acha?


Como era de se esperar houve comentários focando o óbvio problema crônico das instituições brasileiras, que inibem a inovação entre nós.


Eu procurei ir um pouco além. E fiz o seguinte comentário:




Por que o Steve Jobs e a Apple não são brasileiros? ‘Complexo de vira-lata’ seria minha principal resposta. É claro que há aspectos institucionais aos montes para dar uma boa resposta, mas talvez eles sejam apenas consequências do nosso complexo de vira-lata. Trata-se de uma expressão criada por Nelson Rodrigues, que dessa forma se referia à inferioridade expontânea com que o brasileiro se colocava – e ainda se coloca - perante o resto do mundo. O termo foi cunhado antes de 1958, mas, segundo seu autor, não se limitava ao Futebol.


Se Steve Jobs morasse no Brasil e tivesse dito a seus amigos brasileiros que ia criar um produto tão inovador, que sua empresa se tornaria única no mundo, todo mundo ia dizer: larga isto para lá e vai estudar para um concurso; não vai dar certo, você é apenas um brasileiro e por aí vai.


Não depende só de legislação ou aspectos institucionais. Experimenta dizer que você quer fazer uma pesquisa teórica mais elaborada, para ver se não vai aparecer um monte de gente te sugerindo fazer um estudo de caso. Por que? Porque criar teoria, ideias novas, não é coisa para brasileiro. Por isto não temos nenhum Nobel.


Para mim o maior problema do Steve Jobs no Brasil seria nosso complexo de vira-lata. A mente coletiva que ele teria de superar para fazer alguma coisa que valesse realmente a pena.

Embora algumas pessoas tenham curtido o comentário, houve uma não aceitação inicial, o que me obrigou a fazer um novo comentário tentando identificar o que seria causa e o que seria efeito:




Acho que há aqui duas abordagens que se completam. Houve um Steve Jobs no Estados Unidos, porque há milhões de empreendedores lá. E isto acontece porque lá há um ambiente propício ao evolucionismo. Para que um Steve Jobs tenha vingado, muitos empreenderam de forma menos significativa. O ambiente lá é propício a variedade e é seletivo. Mas o ambiente se formou desta maneira, porque há uma cultura que acredita ser possível se ser um Steve Jobs.

E você que lê o meu blog? Tem alguma opinião sobre o assunto?


Porque um país com a dimensão da costa brasileira não é desenvolvedor de tecnologia de geração de energia eólica? Enquanto isto Alemanha e Dinamarca pesquisam esta tecnologia para nos vender. Será que os assuntos estão linkados?


Este será o tema de minha apresentação no XXI SNPTEE, que ocorrerá em Florianóplolis, SC dos dias 23 a 26 de outubro próximos.


Forte abraço


Fernando Goldman

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Chegando do KM Brasil 2011 (III) – Lições Aprendidas

Prezados


O comentário feito pelo Daniel Beltran, com relação a ‘Lições Aprendidas’, na postagem anterior é uma boa oportunidade para refletirmos um pouco sobre como as empresas têm visto Gestão de Conhecimento Organizacional (KM) e como isto influenciou algumas apresentações e discussões no KM Brasil 2011.


Eu trabalho com uma definição de Gestão do Conhecimento, que pode ser vista na coluna aqui ao lado - à direita de quem olha para a tela - que vê KM como um metaprocesso, ou seja, uma reflexão crítica sobre os processos, programas e políticas de conhecimento da empresa. Adoto também um framework que me ajuda a entender como as coisas fucionam - que também pode ser visto à direita de quem olha para a tela.


O framework se apóia na ideia de que há processos de conhecimento em uma empresa que são estruturais e outros que são operacionais. Não se deve confundir os processos de conhecimento operacionais com os processos operacionais realmente, que é onde as coisas acontecem fisicamente, embora os dois aconteçam simultaneamente.


Voltando ao comentário do Daniel Beltran, a adoção da Gestão de Projetos pode ser definida por uma empresa como sua política para lidar com o conhecimento necessário a implementar grandes projetos. Quando isto acontece, a disciplina de Gestão de Projetos passa a fazer parte das Estruturas de Conhecimento da empresa e um método (costuma-se falar ‘metodologia’) de Gestão de Projetos é adotado como parte dos processos operacionais de conhecimento. Observem que a princípio, o Gerente de um Projeto não é, ou não deveria ser, um dos Gerentes Operacionais envolvidos no projeto.


Se a metodologia adotada pela empresa preve a realização de reuniões de ‘Lições Aprendidas’ no final do projeto, o que normalmente acontece, isto será parte dos processos operacionais de conhecimento. Nesta reunião prevalecerá o foco em conhecimento explicitável, visto que o objetivo é registrar as ‘Lições Aprendidas’. Significa dizer que o resultado da reunião de ‘Lições Aprendidas’ é mais ligado a uma correta Gestão das Informações, oriundas do projeto que está se encerrando.


Há assim três tipos de ação possíveis, que não devem ser confundidas.


Uma seria a reunião de ‘Lições Aprendidas’ propriamente dita, onde devem ser discutidos os diferentes aspectos do projeto e decididas quais informações devem ser revisadas para que problemas observados não voltem a acontecer nos próximos projetos. Esta reunião ocorre no processo operacional de conhecimento. Não é uma ação de KM, mas sim uma ação operacional, que envolve conhecimento, sim, mas tudo no fundo envolve conhecimento. Este tipo de ação é focado em eficiência.


Um outro tipo de ação seria fazer uma reunião para aperfeiçoar as reuniões de ‘Lições Aprendidas’. Isto seria uma reflexão de primeira ordem ( ver o framework), onde se pode discutir a melhor forma de como as reuniões de ‘Lições Aprendidas’, de todos os projetos, devem ser realizadas, para serem mais efetivas para o Conhecimento Organizacional. Este tipo de ação é focado em eficácia.


Por fim, uma outra ação, seria uma reunião para uma reflexão de segunda ordem ( ver novamente o framework). Nela caberia questionar se a política da empresa de adotar a Gestão de Projetos está sendo efetiva para o Conhecimento Organizacional e se vale a pena continuar fazendo reuniões de ‘Lições Aprendidas’. Este tipo de ação é focado em efetividade.


Parece confuso? Talvez seja mesmo.


O certo é que temos que entender que fazer uma reunião de ‘Lições Aprendidas’ com a turma do projeto não é função do pessoal de KM, mas sim do Gerente do Projeto. Ao pessoal de KM cabe questionar se as reuniões têm sido feitas e se têm produzido bons resultados para o Conhecimento Organizacional.


Forte abraço


Fernando Goldman

domingo, 9 de outubro de 2011

Chegando do KM Brasil 2011 (II) - A analogia da água

Prezados

 
O KM Brasil é a oportunidade de tirar um instantâneo anual de como anda a Gestão do Conhecimento, no Brasil e no mundo.

Claro que todo ano se acaba ouvindo pessoas, as vezes até mesmo palestrantes internacionais, dizendo aquela bobagem de que ‘Não se pode gerenciar o conhecimento na cabeça das pessoas’, o que é óbvio, mas não traz nada de produtivo ao debate, já que em sã consciência ninguém deveria estar pretendendo fazer tal coisa.


Para entender o KM Brasil 2011 é preciso entender alguns pontos básicos sobre a KM, sua história e seu futuro.


Um dos pontos fracos de eventos de KM no mundo é que parece que o conhecimento é uma ideia natural - não precisaria ser explicada. Na verdade o conhecimento é uma construção social abstrata. O que é importante para uma comunidade epistemológica, pode não ser para outra. Exemplo? tem empresas que pagam qualquer coisa para seus conhecedores não se aposentarem. Tem outras que até os incentivam a ir para casa mais cedo.


Eu só vi uma empresa, durante o KM Brasil 2011, se fazer a pergunta: o que é o conhecimento para nós? Foi na apresentação da Volvo. Muito boa, diga-se de passagem.


Qualquer palestrante de um evento deste tipo deveria começar sua apresentação com pelo menos uma frase do tipo ‘O conhecimento para nós significa...’, ou 'nós adotamos a teoria tal'.


Há os que entendem Gestão do Conhecimento como uma forma de ‘compartilhar’ conhecimento. Compartilhar conhecimento? Exatamente, o que significaria compartilhar conhecimento?


Vamos nos abstrair da possível confusão entre informação e conhecimento - pois a informação é facilmente compartilhável, enquanto o conhecimento é uma entidade abstrata - e imaginar que aquelas pessoas dão ao conhecimento, para efeito de analogia, propriedades que a água tem.


Neste caso, se costuma falar em capturar, armazenar e compartilhar conhecimento. A água pode ser captada, armazenada e distribuída. Lidamos bem com a água há muito tempo e muitos esperam ver se a analogia funciona.


Quem fala em compartilhar conhecimento está usando a analogia da água, ou alguma outra parecida. Embora a água seja fluída, ela é passível de ser compartilhada (distribuída). Não é uma boa analogia, simplesmente porque não funciona. Em especial porque a água é tangível e o conhecimento não. Esta analogia foi muito usada nos primeiros passos da KM, mas logo se mostrou inadequada e conceitualmente improdutiva.


Infelizmente, foi possível perceber no KM Brasil que ainda se investe muito tempo e dinheiro na ‘analogia da água’ em nosso país.


Forte abraço


Fernando Goldman

sábado, 8 de outubro de 2011

Chegando do KM Brasil 2011 (I)

Prezados


Estou voltando do KM Brasil 2011, que, para quem não sabe, vem a ser a décima versão do Congresso Brasileiro de Gestão do Conhecimento. Foi a primeira vez em alguns anos que participei do evento sem estar participando de sua organização.


De um lado, isto me possibilita uma certa isenção para elogiar as muitas coisas boas que observei, de outro me possibilitou participar do evento de uma perspectiva diferente.


Como congressista pude fazer observações sob outra ótica e gostei desse modo de ver o evento. Sem ficar estressado se o próximo palestrante já chegou ou se a apresentação feita pelo palestrante está totalmente alinhada com o tema da mesa, pude relaxar e aproveitar muito mais. E o resultado foi muito bom.


Os organizadores deste ano - os que participam diretamente, como também todos aqueles que acabam colaborando de alguma forma, estão de parabéns.


Isto não significa que eu tenha ficado satisfeito com os rumos que a KM vem tomando entre nós. Não, ao contrário, voltei com a percepção clara de que se aprofunda nas empresas brasileiras o paradigma, em relação ao conhecimento, da objetividade. Logo nós brasileiros que somos tão subjetivos em tantas coisas, temos demonstrado uma objetividade irritante em relação ao conhecimento em nossas empresas.


Fico me perguntando se esta visão tão objetiva, não seria talvez um resultado da atual carência brasileira na formação de engenheiros e cientistas. Exatamente por terem carência de profissionais criadores de conhecimento no seu setor, nossas empresas de engenharia estão tendendo a acreditar na possibilidade do conhecimento objetivo, ou seja, um conhecimento que não dependa do conhecedor. Isto pode ser uma armadilha muito perigosa.


Chamou-me atenção a quantidade de relatos de ações ditas de KM em áreas de engenharia com foco em produzir manuais de engenharia.

As empresas de engenharia, de projetos, de consultoria, de construção e as áreas de engenharia de outros tipos de empresas sempre se caracterizaram pela organização de suas informações. Uma batalha constante nestes ambientes sempre foi manter os manuais atualizados.


Mas quem já viveu o dia-a-dia de ambientes como estes, sabe que por maior que seja a utilidade de um manual bem construído, não é no manual que está o verdadeiro conhecimento da empresa, suas capacitações, mas naqueles profissionais que são capazes de dar respostas justamente aos problemas que não estão respondidos no manual. Enquanto isto, vale a pena continuarmos fazendo manuais, sim, desde que tenhamos a percepção de que estamos fazendo Gestão da Informação. Importante, porém não suficiente para a criação de conhecimento.


Forte abraço


Fernando Goldman

Texto revisado em 09.10.2011

domingo, 2 de outubro de 2011

Design Thinking - Um Caminho para a Inovação

Prezados



Temos visto como a maioria das empresas de hoje têm consciência da necessidade da inovação. Elas anseiam por chegar a inovações e fazem esforços genuínos para serem inovadoras. Porém, ao adotarem – conscientemente ou não – o Modelo Linear da Inovação, elas começam gastando em P&D, trazendo designers criativos ou contratando consultores de inovação. Mas os resultados conseguidos costumam ser decepcionantes justamente porque, como tenho chamado atenção neste blog e em linha com toda uma literatura mais atual sobre o tema, estas empresas não conseguem estabelecer um link entre a Inovação e a Criação do Conhecimento Organizacional.


No livro “The Design of Business”, Roger Martin oferece uma resposta, que se não é totalmente convincente, é certamente muito provocadora. Para ele, aquilo que eu classifico como um forte apelo ao objetivismo pode ser descrito como a fragilidade de se estar muito focado no raciocínio analítico, que apenas aprimora os conhecimentos atuais, produzindo pequenas melhorias ao status quo, mas não conseguindo verdadeiramente criar conhecimento.

O raciocínio analítico é fruto de uma forma cartesiana de ver o mundo e, embora não não possa e não deva ser totalmente descartado, não consegue sozinho dar conta da complexidade do mundo de hoje.


Para Martin, para inovar com sucesso, as empresas precisam do que ele batizou de Design Thinking, que eu venho traduzindo como Raciocínio Criativo.


Martin cria o conceito de Funil do Conhecimento, que é o processo pelo qual uma empresa passa para criar o seu modelo de negócio. Segundo ele, esse funil se dividiria em Mistério, Heurística e Algoritmo. O mistério é a solução a ser explorada, a heurística uma possibilidade de como criar essa solução e o algoritmo a sistematização da solução.


Ele explica que quando a empresa alcança a etapa de algoritmo do seu negócio, ela geralmente para de buscar resolver outros mistérios. O problema disso está relacionado a uma importante caracterísitca do conhecimento, que é a sua rápida obsolescência. Com o algoritmo deixando de responder adequadamente às mudanças da sociedade através do tempo outros mistérios precisam ser resolvidos.


Na linguagem de Martin, a chave do sucesso seria nunca parar de trabalhar em cima de novos mistérios, o que, na linguagem usada neste blog significa dizer que a empresa precisa estar sempre criando conhecimento organizacional


Martin mostra ainda como empresas líderes como a Procter & Gamble e o Cirque du Soleil usam o Raciocínio Criativo para criar conhecimento, inovando e alcançando vantagens competitivas.


The Design of Business traz ideias bem interessantes sobre como lidar com a dialética entre o Raciocínio Analítico e o Criativo, realçando a necessidade de rejeitarmos o Modelo Linear da Inovação e está criando uma linguagem que vai se popularizando entre aqueles que pesquisam a Inovação de uma forma realmente inovadora.


O vídeo do TED, a seguir, legendado, ilustra esta maneira de pensar que pode em muitos casos contribuir para um arranjo organizacional inovador, ou seja, criador de conhecimento.


Forte abraço


Fernando Goldman


Tim Brown urges designers to think big Video on TED.com