Prezados
Em várias postagens anteriores, tenho utilizado a definição da Teoria da Criação do Conhecimento Organizacional, que define o conhecimento em três partes:
1ª parte - o conhecimento é uma crença justificada em uma verdade;
2ª parte - o conhecimento é aquilo que se sabe e possibilita capacitação de:
a) definir e resolver problemas; e
b) ação eficaz;
3ª parte - o conhecimento é explícito e tácito ao longo de um continuum, tendo caráter contextual.
Noutro dia, um leitor deste blog fez um comentário, questionando qual seria minha definição de verdade. Questionava ainda se este conceito não seria relativo.
Aquele comentário toca em aspecto muito importante. Nonaka e Takeuchi (1995, p. 58) esclarecem que:
Nós adotamos uma definição tradicional de conhecimento como "crença verdadeira justificada". Deveria ser notado contudo, que enquanto a epistemologia ocidental tradicional focou-se na "verdade" como atributo essencial do conhecimento, nós destacamos a natureza do conhecimento como "crença justificada..." .
Enquanto a epistemologia tradicional enfatiza a natureza absoluta, estática e não-humana do conhecimento, normalmente expressa em proposições e lógica formal, nós consideramos o conhecimento como um processo humano dinâmico, de justificar a crença pessoal em direção à verdade.(tradução minha)
Assim, definir o conhecimento como uma crença justificada em uma verdade, implica reconhecer que os indivíduos estão continuamente justificando a veracidade de suas crenças com base em suas interações com o mundo.
Forte abraço
Fernando Goldman
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