quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Gestão do Conhecimento, gerentes e líderes

Prezados
A expressão “Gestão do Conhecimento” , como é bem sabido, provoca as mais diversas interpretações.
Infelizmente, não há a menor garantia de que duas diferentes pessoas, de diferentes empresas, ou até mesmo de uma mesma empresa, porém com níveis de aprofundamento diferentes no assunto atribuam o mesmo significado à expressão.
Tenho escrito e falado que sempre procuro pessoalmente usar a expressão "Gestão do Conhecimento Organizacional” para deixar bem claro de que tipo de conhecimento estou falando.
Quando falo em GC, falo do Conhecimento Organizacional. Falo de um ativo intangível, coletivo e não individual. Um recurso da organização. Um fenômeno emergente.
Há uma relativa dificuldade em conversar sobre intangíveis e sobre fenômenos emergentes com gente objetiva demais. Essa turma focada em liderança e livros de auto-ajuda (nada contra eles), em geral começa falando em emergência do conhecimento organizacional e termina falando no papel dos gerentes.
Não raro, vejo gente falando em teoria do Caos e da Complexidade, apenas porque está na moda, sem se aperceber que tipo de relação há entre essas coisas e Gestão do Conhecimento.
Organizações lidam com tarefas complexas. Na verdade lidam também com tarefas triviais e rotineiras. Mas o sentido de existirem, de se diferenciarem, está nas complexas, pois as triviais, certamente outras organizações podem fazer.
São as relações entre os indivíduos e entre os grupos em uma organização que permitem o Aprendizado Organizacional, entendido aqui como o desenvolvimento coletivo, coerente e sinérgico de um Conhecimento Organizacional, um todo maior que a soma de suas partes.
Para fechar, apresento uma revisão atualizada de minha definição de Gestão do Conhecimento Organizacional.

“Gestão do Conhecimento Organizacional é um processo, para lidar com um recurso intangível, o Conhecimento Organizacional, sendo composto de um conjunto de ações e práticas de apoio que, de forma explícita e sistemática, identificam os conhecimentos críticos para a sustentabilidade da organização e gerencia as circunstâncias adequadas a que prosperem os processos associados ao Conhecimento Organizacional (Processos do Conhecimento), em especial, criação, uso, comunicação eficaz e difusão pelos diferentes grupos que compõe a organização, propiciando o Aprendizado Organizacional que garantirá sua longevidade”.

Forte abraço

Fernando Goldman

Um comentário:

Gabriel Cunha disse...

Excelente artigo. Só faltou citar como as empresas trabalham com a gestão do conhecimento. Aqui vai um exemplo: http://www.calandra.com.br/