Enquanto alguns economistas brasileiros compram a ideia de olhos
fechados, no mundo há quem defenda mesmo a simples extinção do sistema de patentes,
como está estruturado hoje, e o uso de outros mecanismos de incentivo à inovação, argumentando que aquele sistema não está mais alinhado
com seus pressupostos iniciais, de defesa e incentivo do inventor individual, sendo
mesmo fator de restrição à Competitividade.
De qualquer forma, a iniciativa de Elon Musk tem respaldo teórico
em estrategistas da Visão Baseada em Recursos, como Barney e Hesterly, os quais
afirmam (2011, p. 42):
[...]empresas que investem cedo em uma tecnologia podem obter proteções de patente que aumentam seu desempenho [...] No entanto, embora haja algumas exceções (por exemplo, o setor farmacêutico e de produtos químicos especializados), as patentes em si parecem proporcionar oportunidades de lucro relativamente pequenas para os pioneiros, na maioria dos setores emergentes. [...] , as patentes raramente são uma fonte de vantagem competitiva sustentável para as empresas, mesmo nos setores emergentes.
BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. Administração Estratégica e
Vantagem Competitiva. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
2 comentários:
Penso que seja ótima estrategia para aumentar o market share do segmento automóveis elétricos. Meio que paralelo ao o que o Gates fez para tornar o Windows dominante.
Nós, da massa de consumdores, só temos a ganhar com o desenvolvimento mais rápido destas indústrias.
Acho que a patente é cabivel sim se tratar de investimento privado. O inventor autor deve ter o direito de ser recompensado pelo seu investimento pioneiro, seja ele pessoa física ou juridica. Entretanto, acho que inovações construidas com recursos publicos deveriam ser abertas com limites estratégicos estabelecidos para concorentes externos e uso comercial.
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