sábado, 7 de novembro de 2009

Reflexões sobre o seminário "Promovendo Respostas Estratégicas à Globalização"

Prezados

Tive nestes últimos dias a oportunidade de participar intensamente do seminário internacional "Promovendo Respostas Estratégicas à Globalização", promovido pelo INCT-PPED ( Ver chamada na postagem anterior).

Gostaria de começar cumprimentando a profª Ana Célia Castro e toda comissão organizadora pelo excelente seminário promovido.

Eu poderia citar uma série de aspectos de maior relevância ao quanto este seminário me propiciou de informações capacitadoras de formação de conhecimento, entendido como capacitação para ação eficaz, mas aí já estaria quase escrevendo um novo artigo.

Não posso porém deixar de destacar a palestra do Embaixador Rubens Ricupero, que por si só já valeria pagar um caro ingresso, muito embora o evento tenha sido franqueado.

Devido a compromissos assumidos anteriormente e às conhecidas dificuldades de retornar à Barra da Tijuca no início da noite, fui obrigado no último dia a deixar o debate final às 18:00, portanto antes do seu término, o que foi uma pena porque percebi que ainda havia muitas informações interessantes a serem captadas, além da possibilidade de interagir com os palestrantes internacionais, todos destacados pesquisadores formadores de importantes ideias.

De qualquer forma, gostaria de compartilhar algumas idéias que me vieram a partir do material com que lidei (palestras, artigos e muito batepapo) nestes dias do seminário:

1 – ficou para mim cada vez mais clara a percepção da importância do modelo que estou construindo sobre a dinâmica do conhecimento organizacional, embora o Conhecimento Organizacional só em raros momentos tenha sido tratado neste evento. Talvez isto seja uma evidência da importância de melhor entender o tema;

2 – Houve também a percepção de que há uma crise no que diz respeito ao papel da PI para a criação de conhecimento. Eu diria que esta crise é mais relacionada ao conhecimento científico e ao tecnológico, que estão por sua vez mais relacionados aos processos operacionais dentro das empresas;

3 – Talvez esta crise seja uma demonstração lógica daquilo que muitos estudiosos vem argumentando: que os mecanismos de PI, apesar de sua enorme importância para a proteção do conhecimento científico e tecnológico (sem questionar os possíveis desvios, claro), tem pouca influência sobre a criação do conhecimento organizacional, pois aqueles mecanismos de PI, quando não utilizados como elementos limitadores da concorrência, impactam pouco as estruturas de conhecimento das empresas ( políticas e processos), visto que os processos criadores de capacitações, ricos em conhecimentos tácitos, não são apropriáveis na forma de copyright ou patentes.

4 – A Governança do Conhecimento como visão institucional me pareceu um conceito merecedor de maior aprofundamento, mas aumentou minha percepção de que a visão institucional difere da visão organizacional da Governança do Conhecimento, tal como vista por Grandori, Foss e etc. Não estou certo se as duas deveriam ter o mesmo nome.

5 - Um interessante ponto de confluência entre a Governança do Conhecimento e a Gestão do Conhecimento Organizacional diz respeito à Inovação Aberta, o que valerá a pena tratar em postagens específicas.

Forte abraço

Fernando Goldman

Um comentário:

Anônimo disse...
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