Muita gente pensa que Nonaka e Takeuchi resgataram, ou coisa parecida, a ideia de conhecimento tácito originária dos trabalhos de Polanyi das décadas de 1950 e 1960, em seu livro The Knowledge Creating Company.
A verdade é que muita gente boa antes deles - Nelson e Winter(1982), por exemplo - andou reconhecendo a importância do conhecimento tácito, mesmo sem a preocupação de se aprofundar nas ideias de Polanyi.
Nas minhas pesquisas me deparei com um parágrafo de Pavel Pelikan, autor bastante citado entre os institucionalistas, que se não fosse - alem de muita pretensão da minha parte - o fato do artigo ter sido escrito em 1987 , eu pensaria que ele escreveu se baseando no meu Modelo sobre a Dinâmica da Relação entre Gestão do Conhecimento e Aprendizado Organizacional ( ver figura no canto superior direito deste blog).
Em seu artigo "The Formation of Incentive Mechanisms in Different Economic Systems", Pelikan escreveu:
“Com a introdução do conceito de conhecimento tácito, uma importante peça do quebra cabeças vai para seu lugar. Ou seja, a linha divisória entre processos alocativos e organizacionais corresponde à linha divisória entre conhecimento comunicável e tácito. É somente por processos organizacionais que o conhecimento tácito pode ser adquirido e manuseado e é somente em estruturas organizacionais que ele pode ser armazenado e feito utilizável. É o conhecimento tácito contido na estrutura organizacional que determina quão bem ou quão pobremente , a informação comunicável será usada por aquela estrutura.”(1987,p. 35) (tradução minha)
Forte abraço
Fernando Goldman
Referência:
Pelikan, P. The Formation of Incentive Mechanisms in Different Economic Systems, in Hedlund Stefan (ed.), Incentives in Economic Systems, New York, New York University Press, 1987.
2 comentários:
Muito bom Fernando! Fico feliz em conhecer um pouco mais sober G.C.
Passei para conhecer seu blog! Gostei Muito!!!!
bjos
Oi Lú
Obrigado por seu comentário.
Nos visite mais.
Forte abraço
Fernando Goldman
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