Prezado Lúcio
Está circulando na Internet, há algum tempo, uma postagem no site de TI da Susan Cramm, que eu não sei se você já teve a oportunidade de ver: Business Cases Are a Waste of Time (But Do Them Anyway).
Você pode concordar com ela, total ou parcialmente, ou não, mas vale a pena refletir se, como David Gurteen disse em uma de suas cartas mensais, alguma coisa do que ela diz também não se aplica a projetos de KM.
Analisar casos de sucesso em KM não deve ser abandonado, o perigo é tentar aproveitá-los como modelos. É preciso entender que nem tudo que parece sucesso, realmente o é. Pior é que aquilo que parece sucesso hoje, amanhã poderá não mais parecer. É preciso também ter a possibilidade de analisar a correlação entre objetivos estratégicos, as culturas organizacionais com algum grau de similaridade, alguma semelhança de trajetórias e assim por diante em um conjunto tão grande de variáveis que somente a mesma empresa, no mesmo momento histórico, conseguiria talvez usar aquele caso de KM como modelo.
Eu acho que conhecer casos de sucesso é importante. Mais importante ainda é conhecer casos de insucesso e entendê-los bem. Mas de tudo isso, eu ainda fico Kurt Lewin que disse que "não há nada mais prático do que uma boa teoria".
Conforme evoluímos no estudo da "teoria da firma" baseada em conhecimento vamos entendendo que não há um único modelo capaz de servir a todas as situações e todos os fenômenos. Precisamos de múltiplos modelos para estudar uma realidade tão diversificada. Por isso ao longo do tempo, tantas teorias tem surgido sem que uma substitua a outra, mas elas vão se complementando.
Alguém disse isso, mas não estou certo de quem foi.
Continuo te devendo uma cerveja. Quem sabe em Salvador?
Forte abraço
Fernando Goldman
Mensagem originalmente postada no Fórum da SBGC, em 27.07.2009, respondendo mensagem anterior de LUCIO A M C.Ver: http://www.portalsbgc.org.br/sbgc/foruns/fb.asp?m=6050
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