Prezados
Muito tem se discutido sobre o papel das Tecnologias da Informação e das Comunicações (TIC) na Gestão do Conhecimento Organizacional (GC).
Muitas vezes se confundem o papel das TIC como ferramentas de apoio à GC, com o de efetiva ação de GC. Explico: o fato de utilizar uma determinada ferramenta tecnológica pouco, ou nada, significa se não vier acompanhado de um conjunto de ações que levem em conta as dificuldades cognitivas no meio organizacional.
As primeiras ações de GC, motivadas pelo surgimento da disponibilidade das TIC, conduziram às primeiras gerações de GC, caracterizadas por Captura, Codificação e Compartilhamento de conhecimento.
Quando pensamos no processo de "Socialização" do conhecimento, tal como definido por Nonaka e Takeuchi, em sua obra clássica de 1995, não podemos deixar de levar em conta que esse processo só faz sentido com a presença do Conhecedor, essa figura tantas vezes esquecida nas abordagens mais simplistas de GC, ou quase GC.
Há uma ferramenta tecnológica quase sempre esquecida como ferramenta de apoio à GC, justamente porque quase nunca é pensada como uma forma de acelerar o processo de Socialização do conhecimento.
A ferramenta a que me refiro são os simuladores computacionais. No II SISEE - Seminário Internacional do Setor de Energia Elétrica tive a oportunidade de coordenar a mesa sobre Gestão do Conhecimento no Setor de Energia, onde o engº Carlos Roberto R. Leite (CHESF) apresentou o trabalho “O Uso de Simuladores como Ferramenta para Disseminação de Conhecimentos na Operação do Sistema Elétrico”.
O Pólo-RJ da SBGC estará realizando sua reunião mensal de outubro, no dia 14, com o tema: “O uso de simuladores como práticas de apoio à Gestão do Conhecimento Organizacional”.
Cabe aqui mais uma vez chamar atenção para a impropriedade de se buscar explicitar conhecimento tácito. A correta utilização de simuladores como prática de apoio à GC propicia o processo de Socialização do conhecimento tácito sem explicitá-lo, o que, como tenho alertado em outras postagens, por definição seria impossível.
Forte abraço
Fernando Goldman
Capes, CNPq e as jabuticabas
Há 9 anos