Prezados
Eu gostaria de compartilhar com os leitores deste blog (há indícios de que eles existem, embora praticamente só o Ferdinand da Petrobras faça comentários) uma postagem feita pelo querido João Mattar no Facebook:
mano, é incrível a obsessão do design instrucional clássico por segmentar: eles saem fatiando td o q veem pela frente e embalam em pílulas q podem então ser depositadas em bancos de questões ou repositórios de conteúdos: objetivos e objetos de aprendizagem, unidades, testes de múltipla escolha com 4 ou 5 alternativas (e apenas 1 correta), conteudista/redator/designers/tutor etc. desenvolveram uma maestria impressionante p quebrar o fluxo do pensamento e a conexão entre as ideias, p desmontar o universo mental e simplificar ao limite a realidade. estão transformando o ensino em um processo de colocar na boca do aluno individual (e não em rede) pílulas minúsculas e palatáveis, polidas, coloridas e adocicadas. através de uma metódica alquimia do controle pela fragmentação, conseguiram produzir os menores componentes possíveis da aprendizagem, seus elementos primordiais, suas pedras filosofais.
Numa tacada só o cara explicou um monte de coisas. Sabe por que? Porque embora o foco dele seja criticar o que chama de "design instrucional clássico", Mattar percorre diversas mazelas da sociedade brasileira.
Antes que alguém diga, com propriedade, que tais mazelas não são exclusivas da nossa sociedade, gostaria de deixar claro que, mesmo consciente disso, meu foco é melhorar o Brasil e por isso vou analisar os flagelos mais próximos.
Mas voltando ao Mattar, ele nos ajuda a entender os becos lamacentos em que andamos patinando na chamada Gestão do Conhecimento Organizacional.
Completamente distantes da ideia de Conhecimento Organizacional e em que poderia consistir a sua gestão, encontramos nas empresas hordas de profissionais bem intencionados, confundindo Gestão do Conhecimento Organizacional com Educação Corporativa, caindo na cilada apontada pelo Mattar, fatiando aquilo que eles imaginam ser o conhecimento da empresa, embalando-o (explicitando-o) em pílulas que podem então ser depositadas em repositórios ditos de conhecimento, indo se configurar nos famigerados manuais da empresa, que em última análise não podem deixar de existir, mas refletem apenas os resíduos do verdadeiro conhecimento.
Muito embora possa parecer aos desavisados que eu e o Mattar tratamos de assuntos bem diferentes, ambos, temos como pano de fundo a objetividade que nos idiotiza.
Forte abraço
Fernando Goldman
Postagem revisada em 11.09.2012