quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O Vídeo do Marcos Cavalcanti

Prezados

No início de outubro recebi um e-mail do CRIE, no qual o Marcos Cavalcanti informava ter participado de um programa de televisão – o Café Filosófico.

Segundo ele, o programa que vai ao ar na TV Cultura todo domingo às 23h, faz parte de uma série de programas coordenados pela Viviane Mosé sobre Desafios Contemporâneos e o programa dele deverá ir ao ar somente no final do ano.

No entanto, o programa está disponível na íntegra no site da CPFL Cultura:
http://www.cpflcultura.com.br/video/integra-desafios-contemporaneos-trabalho-marcos-cavalcanti

O programa traz muitas das ideias que o Marcos Cavalcanti vem defendendo coerentemente há muitos anos e reflete o amadurecimento contínuo do pensamento dele.

Para pessoas que acreditam na força das ideias, um programa como este emociona.

Ele trata de uma maneira leve e profunda temas fundamentais para começar a pensar em Gestão do Conhecimento Organizacional, tais como mudanças, sociedade do conhecimento, trabalhadores do conhecimento, bens intangíveis, escassez x abundância, o papel da Tecnologia da Informação, visão sistêmica, learning organizations e outros.

Muitas pessoas me pedem indicação de leituras sobre Gestão do Conhecimento Organizacional. A partir de hoje recomendarei que comecem assistindo este vídeo.

Forte abraço

Fernando Goldman

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

GC deve motivar a criação de um setor específico?

Prezados

Percebo uma preocupação sobre se GC deve motivar a criação de um setor específico na empresa, um departamento, uma divisão, uma seção, uma assessoria, uma força tarefa, um grupo especial ou seja lá o que for.

A resposta a esta pergunta, me parece, está muito mais ligada ao que se espera que GC faça.

Em algumas empresas, GC é vista como uma atividade ligada a lidar com aquilo que a empresa sabe que sabe. Neste caso, para que criar mais uma caixinha no organograma se a criação de valor associada será imperceptível?

A partir do entendimento do Conhecimento Organizacional - um ativo intangível que sempre existe, mas que somente quando a empresa tem políticas e processos capazes de a partir dele criar vantagem competitiva, tornando-o assim um recurso dela - se começa a perceber a necessidade de uma área voltada a lidar com o Conhecimento Organizacional.

Mas antes de nos aprofundarmos neste tipo de idéias, vale a pena nos perguntarmos: quantas de nossas empresas tem cultura para ter um órgão cujo objetivo é lidar com um ativo intangível?

Como explicar ao vigilantes dos resultados de curto prazo que a empresa tem um orgão que não produz nenhum resultado imediato e que seus resultados se traduzirão fundamentalmente na sobrevivência da empresa a longo prazo?

Em linha com o comentário sobre o Marketing, que antes não existia no organograma das empresas e hoje aparece com destaque na maioria deles, nossos netos ficarão se perguntando como grandes empresas de antigamente conseguiam ter longevidade sem ter um setor de Gestão do Conhecimento Organizacional.

Por ora, não critico aqueles que insistem na compra de “softwares para Gestão do Conhecimento”, mesmo sabendo que este caminho só gera frustração, quando não precedido de diagnóstico e análise aprofundada, ou nos que insistem na idéia de confundir competências e conhecimento e um sem número de exemplos do que é parecer que se está fazendo alguma coisa que seja mais fácil de ser chamada de Gestão do Conhecimento. Não os critico, pois sei que apenas dão as respostas que a estrutura de conhecimentos de suas empresas lhes impõe.

Em resumo, de nada adianta criar um setor que ficará responsável por um metaprocesso, a Gestão do Conhecimento Organizacional, se a empresa ainda não for capaz de superar a simples retórica quando o assunto é um ativo intangível.

Forte abraço

Fernando Goldman


Mensagem postada originalmente no Fórum da SBGC, em 14.10.2009, respondendo mensagens anteriores. Ver: http://www.portalsbgc.org.br/sbgc/foruns/fb.asp?m=6235