sábado, 25 de outubro de 2008

Comparando Modelos III

Em continuação a postagem anterior:



Prezados

O segundo nível do modelo de Firestone e McElroy diz respeito ao ambiente de "processos de conhecimento". Eles apresentam como exemplos deste tipo de processo a formulação de estratégias de negócios, os modelos organizacionais, os processos de negócios, as estratégias de produtos, as estratégias de marketing, as estratégias de recursos humanos.

No modelo Goldman, esse ambiente é caracterizado pelo módulo “Estruturas de Conhecimento Organizacional”.

Já a Gestão do Conhecimento, na definição de Firestone e McElroy, é o conjunto de processos que visam alterar o atual modelo do processo do conhecimento da organização de modo a melhorá-la e a seus resultados.

Para eles. uma determinada atividade de KM é aquela que tem o objetivo acima ou se destina a contribuir para ele e a disciplina de KM é o estudo de tais processos de KM e seu impacto nos processos de conhecimento e na transformação dos processos operacionais e seus resultados.

Um ponto muito importante na visão de Firestone e McElroy acima exposta é deixar bem clara a idéia de que a KM não gerencia, cria ou integra diretamente a maioria dos resultados de conhecimento de uma organização, mas apenas impacta nos processos de conhecimento, que por sua vez vão ter seus resultados executados pelos agentes envolvidos nos processos operacionais, aí sim, impactando os resultados alcançados.

Firestone e McElroy apresentam como exemplo, o fato de quando um Gerente de KM muda regras que afetam a produção de conhecimentos, então os requisitos de qualidade dos conhecimentos podem melhorar. Ou se uma intervenção KM fornece uma nova tecnologia de busca, baseada na análise semântica das bases de conhecimento, em seguida, que pode resultar em melhora na qualidade dos modelos de negócios.

Forte abraço

Fernando Goldman



Referências: Firestone, J. and McElroy, M "Doing Knowledge Management," The Learning Organization, 12, no. 2 (April, 2005), 189-212.

Comparando Modelos II

Em continuação a postagem anterior:

Como visto até aqui, Firestone e McElroy (2005) apresentaram um modelo de 3 níveis para processos de negócios e seus resultados.

A categorização de níveis hierárquicos pode ser perigosa quando se analisa modelos de funcionamento para organizações, pois há uma tendência de criar associações entre hierarquias funcionais e hierarquias burocráticas a partir deles. Não custa repetir que a maioria de nosssas organizações ainda são burocracias hierarquizadas.

Por isso, no modelo Goldman essa hierarquia de níveis é propositadamente colocada na forma de uma seqüência de laço fechado, destacando o aspecto fundamental do feedback. Não é por isso que não há ações estratégicas, táticas e operacionais.
O modelo Firestone e McElroy apresenta três níveis bem caracterizados que são os seguintes diferentes ambientes:

  • Ambiente de Gestão do Conhecimento;

  • Ambiente de Processos do Conhecimento e

  • Ambiente de Processos Operacionais;
Enquanto no modelo Firestone e McElroy esses ambientes aparecem representados verticalmente de cima para baixo, no modelo Goldman eles formam um loop no sentido horário, tentando eliminar a falsa e perigosa idéia de quem é mais importante.(Ver figuras dos modelos nas postagens anteriores)

Começando pelo que aqueles autores americanos colocam como o nível inferior e que talvez seja o maior viabilizador da criação de conhecimento organizacional, os Processos Operacionais são aqueles que fazem a organização existir(comentários meus).

Há nesse ponto a possibilidade de uma uma discussão muito interessante sobre onde realmente é gerado o conhecimento responsável pela sustentabilidade da organização e quais são os agentes adaptativos que realmente produzem mudanças adequadas, mas não haveria espaço aqui para ela, devendo ficar para postagens futuras.

De qualquer forma os Processos Operacionais usam o conhecimento no dia-a-dia e embora o fazendo constantemente, o fazem sobre suas áreas de especialização, não estando focados na produção ou na integração do conhecimento organizacional.
Firestone e McElroy (2005) apresentam como exemplos de resultados desse ambiente as Receitas de Vendas, o Market Share, a Retenção de Clientes e a Conformidade Ambiental, mas os exemplos certamente não esgotam por aí.

No modelo de Goldman (2008) esse ambiente é caracterizado pelas rotinas da organização. É importante observar que no modelo completo há um tracejado ligando o módulo de rotinas ao módulo “Demais Processos Organizacionais”, pois estes processos são em última análise formados pelas diferentes rotinas.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Comparando Modelos


Prezados


Na postagem anterior apresentei o modelo de 3 níveis de Firestone e McElroy. Na postagem de 30 de julho de 2008, eu havia apresentado um modelo que construi para a Dinâmica da Gestão do Conhecimento Organizacional.


Cada um dos dois modelos por si só pode trazer muita luz à compreensão sobre uma verdadeira e sustentável Gestão do Conhecimento Organizacional. Porém, comparar os dois modelos pode trazer muitas idéias.


Por isso, vou suprimir alguns detalhes do meu modelo, como mostrado na figura acima/abaixo( depende!), para possibilitar uma melhor comparação entre os dois modelos.


Forte abraço


Fernando Goldman


O modelo de 3 níveis de Firestone e McElroy

Prezados

Esta postagem dá continuidade à análise, iniciada na postagem anterior, do artigo de Joseph M. Firestone, e Mark W. McElroy, intitulado “Doing Knowledge Management“ publicado no The Learning Organization Journal, Vol. 12, No. 2, de 2005, disponível em http://www.kmci.org/media/Doing_KM.pdf . Em um artigo anterior Firestone e McElroy (2004) apresentaram um modelo de três níveis de processos que distingue processos empresariais de negócios, processos do conhecimento e processos de gestão do conhecimento. A figura acima foi copiada diretamente daquele artigo, pois acredito que não há necessidade de traduzí-la.

Trata-se de outro tipo de modelo, que busca classificar diferentes tipos de processos em relação ao conhecimento.

Forte abraço

Fernando Goldman

Firestone, J. and McElroy, M. (2004), "Viewpoint: Organizational Learning and
Knowledge Management: the Relationship," The Learning Organization, Vol. 11,
no. 2, pp. 177-184.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A Gestão do Conhecimento tem sido feita?

Prezados

Em e-mail trocado ontem com o Joseph M. Firestone, ele me recomendou a leitura, de um artigo dele, com o Mark W. McElroy, intitulado “Doing Knowledge Management“.
O artigo, publicado no The Learning Organization Journal, Vol. 12, No. 2, de 2005, de 29 páginas, disponível em http://www.kmci.org/media/Doing_KM.pdf , faz uma análise muito interessante sobre o que é realmente Gestão do Conhecimento e sua relação com o Aprendizado Organizacional.
Embora, como o próprio Firestone afirmou, nossos modelos de Gestão do Conhecimento Organizacional guardem muitas afinidades, temos algumas diferenças conceituais e vale a pena uma análise em busca de algumas dessas diferenças.
Por isso, pretendo fazer algumas postagens em meu blog sobre o artigo deles, copiando-as também no fórum da SBGC, para - quem sabe? - estabelecermos alguma discussão que possa ser proveitosa para superarmos a idéia infelizmente ainda muito difundida que “fazer Gestão do Conhecimento é organizar treinamentos”.
Eles começam o artigo com a singela pergunta “A Gestão do Conhecimento (KM) tem sido feita?” Eles mesmos respondem que evidentemente ela tem sido feita, por se tratar de uma função natural nas organizações humanas, e deveria vir sendo feita o tempo todo, mesmo de uma maneira informal e distribuída por todos aqueles que estão envolvidos nas atividades destinadas a reforçar a produção de conhecimentos e a integração de tarefas na organização. Por outro lado, afirmam eles, mesmo se as intervenções formais que reinvidicam o rótulo de "KM", o fazem de boa fé,verdadeiros exemplos de ações e práticas de KM já são outra história.
Assim, entendem os autores que para responder a pergunta do título, é preciso ter idéias claras e não-contraditórias sobre a natureza do conhecimento, seu processo e sua gestão.
Para tal, eles afirmam ser necessário ir além da idéia muito difundida de que qualquer coisa que possa ter um impacto positivo sobre a efetividade do trabalhador pode ser chamada de Gestão do Conhecimento.

Forte abraço

Fernando Goldman

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Definições

Prezado Fernando

Eu venho usando as definições Goldman:

"Conhecimento é capacidade de ação eficaz. É uma estrutura individual e intangível, biograficamente determinada. "

"O Conhecimento Organizacional se refere a um todo que deveria ser maior que a soma de suas partes"

"Gestão do Conhecimento Organizacional é um processo, para lidar com intangíveis, composto por um conjunto de ações e práticas de apoio que, de forma explícita e sistemática, identificam os conhecimentos críticos para a sustentabilidade da organização, gerenciando as circunstâncias adequadas para que prosperem os sub-processos a eles associados, em especial, criação, uso, comunicação eficaz e difusão por diferentes grupos,propiciando o Aprendizado Organizacional que garantirá a longevidade da organização."

Agora, concenso é mais difícil.
Forte abraço

Fernando Goldman

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Definição de Gestão do Conhecimento Organizacional

Mensagem recebida:

"Boa noite, meu nome é sheila e preciso me fundamentar no conceito gestão do Conhacimento, o que seria verdadeiramente?"

Prezada Sheila
Eu venho utilizando a seguinte definição, que acredito possa servir de base para iniciar uma discussão tão complexa e que acaba envolvendo tão diferentes opiniões:

"Gestão do Conhecimento de um arranjo organizacional - ou simplesmente Gestão do Conhecimento Organizacional - é entendida neste blog como um metaprocesso, uma reflexão crítica, que, explícita e sistematicamente, define ações e práticas de apoio para melhorar as políticas, programas e processos de conhecimento daquele arranjo organizacional, influenciando a criação dinâmica de seu Conhecimento Organizacional, ou seja, sendo precursora das inovações necessárias ao constante Aprendizado Organizacional."
Forte abraço
Fernando Goldman

Obs.: Esta definição foi atualizada recentemente. Veja o quadro á direita superior da tela.

Mais um Curso de Facilitadores


Prezados


Segue informação sobre o curso de amanhã.


Forte abraço


Fernando Goldman


sábado, 4 de outubro de 2008

FORUM DE GESTÃO DO CONHECIMENTO (KM Rio 2008 / SBGC) TEM SEDE NO ENEGEP NO DIA 14 DE OUTUBRO



Confira a programação do KM Rio de Janeiro 2008 abaixo e não perca a oportunidade de participar das palestras com profissionais renomados no setor.

Para participar do evento acesse o site: http://www.abepro.org.br/indexsub.asp?ss=23 e faça sua inscrição.

O ENEGEP / ICIEOM 2008 será realizado no Rio de Janeiro nas instalações do Windsor Barra Hotel, localizado na Av. Sernambetiba, 2630 – Barra da Tijuca.

Maiores dúvidas entrem em contato com a ABEPRO (21) 2533-4897. www.abepro.org.br

  • Veja os nomes que compõem as mesas do KM 2008

    Este ano, alinhado ao reconhecimento da importância dos intangíveis para a Manufatura Sustentável, na terça-feira, 14/10/2008, entre 08h00min e 12h30min, acontecerá, dentro do ENEGEP, o evento KM RIO DE JANEIRO 2008, com duas mesas que reunirão importantes executivos, empresários e autoridades da região.

    As mesas tratarão do impacto das decisões que envolvem Gestão do Conhecimento Organizacional (KM) para a sustentabilidade dos negócios. O evento será uma oportunidade para que os participantes do ENEGEP, de todos os estados do país, conheçam os conceitos, métodos e técnicas de apoio à Gestão do Conhecimento Organizacional.

    O evento será uma realização conjunta da SBGC-RJ e ABEPRO. A SBGC – Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento promove desde 2001 uma série de encontros regionais sobre o tema.

    - Estamos em mercados altamente competitivos e é crescente a percepção do conhecimento como principal fator de produção. Queremos ajudar os profissionais a melhor entender e achar as técnicas de apoio da Gestão do Conhecimento Organizacional mais adequados para seus negócios - declara o Presidente da SBGC-RJ, o Mestre em Engenharia de Produção, Fernando Luiz Goldman, que será o moderador de uma das mesas.

    Segundo Fernando Jefferson, moderador da outra mesa e Diretor da SBGC/RJ, onde coordena a área de Médias e Pequenas Empresas do Projeto Agenda Brasil Conhecimento, nos últimos anos, as empresas têm buscado a inovação como estratégia de competitividade, percebendo o “conhecimento organizacional” como um recurso estratégico que, diferentemente do conhecimento individual, pode e deve ser gerenciado.

    O evento, composto de apresentações e debates, terá como público-alvo os participantes do ENEGEP, além de associados e convidados da SBGC-RJ.

    MESA 1 (08:00 ÀS 10:00)

    A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO NAS MÉDIAS E PEQUENAS EMPRESAS (MPES)

    MODERADOR : FERNANDO JEFFERSON - (DIRETOR DA SBGC-RJ E COORDENADOR DO TEMA MPE DO PROGRAMA AGENDA BRASIL CONHECIMENTO)
  • A visão da ONIP ALFREDO RENAULT (SUPERINTENDENTE)
  • A visão do UFF UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE: EMMANUEL PAIVA DE ANDRADE (VICE-REITOR)
  • A visão da PETROBRÁS/PROMINP MICHEL CAMPOS (SECRETÁRIO EXECUTIVO DO COMITÊ DE ABASTECIMENTO DO PROMINP)
  • A visão do SEBRAE RENATA BARBOSA (UNIDADE DE GESTÃO ESTRATÉGICA) E RENATO REGAZZI (ÁREA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL)


    MESA 2 (10:30 ÀS 12:30)

    GESTÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL - A VISÃO DE GRANDES ORGANIZAÇÕES
    MODERADOR : FERNANDO GOLDMAN - PRESIDENTE DA SBGC-RJ
  • A visão da VALE ANA CLÁUDIA FREIRE (HR & ORGANIZATIONAL DEVELOPMENT DEPARTMENT - GERENTE DE GC)
  • A visão do ONS JAIRO GOMES QUEIROZ (COORDENADOR DO COMITÊ DE GC DO ONS)
  • A visão da ELETRONUCLEAR MANUEL MAGARINOS TORRES:(SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO)
  • A visão da Wheaton Brasil WALTER MINUTTI SANTALUCIA JUNIOR: ( CTTO- CENTRO DE TREINAMENTO TÉCNICO OPERACIONAL)