quinta-feira, 18 de outubro de 2007
domingo, 14 de outubro de 2007
KMBRASIL 2007
Mais informações no site do evento em http://www.kmbrasil2007.com.br/
O Conceito de 'Ba'
Em 1998, complementando algumas das idéias originadas em seu livro “A Criação do Conhecimento Organizacional, Ikujiro Nonaka, juntamente com Noboru Konno, publicou o artigo “The Concept of ba: building a foundation for knowledge creation”.
O conceito de Ba foi originalmente proposto pelo filósofo japonês Kitaro Nishida( Ver Nishida K. , "Fundamental Problems of Philosophy:The world of Action and the Dialectical World",Tokyo: Sophia University, 1970) e desenvolvida por Shimizu( Ver Shimizu H., "Ba-Principle: New Logic for the Real-time Emergence of Information," Holonics, 5/1 (1995):67-69). Nonaka adaptou o conceito de Ba, visando o aperfeiçoamento de seu modelo SECI de criação do conhecimento organizacional.
Ba é um contexto, que significa “porto”. Assim, Ba pode ser considerado um espaço compartilhado que serve como base para a criação do conhecimento.
De acordo com Nonaka, "Ba" pode ser visto como um espaço compartilhado para relações emergentes. Este espaço pode ser físico (por exemplo, escritórios, espaços comerciais dispersos), virtuais (por exemplo, e–mails e teleconferência), mentais (por exemplo, experiências compartilhadas, idéias e ideais) ou qualquer combinação dos mesmos. Ba fornece uma plataforma para o avanço do conhecimento individual e/ou coletivo.
Existem quatro tipos de "Ba". Cada um deles corresponde a uma das quatro etapas do modelo SECI, que são:
- Socialização;
- Externalização;
- Combinação e
- Internalização.
Cada tipo de Ba é especialmente adequado para cada um daqueles quatro modos de conversão do conhecimento. Cada um desses Ba oferece uma plataforma específica para cada uma das etapas do processo de espiral do conhecimento, suportando um determinado processo de conversão e assim, através de cada Ba, se acelera o processo de criação conhecimento.
Os quatro Ba propostos por Nonaka e Konno(1998) são os seguintes:
- Ba da Criação;
- Ba da Interação ;
- Cyber Ba e
- Ba do Treinamento
Nas próximas postagens vou procurar detalhar cada um desses Ba.
Referência Bibliográfica:
Nonaka, I., Konno, N., The concept of "Ba’: Building foundation for Knowledge Creation. California Management Review Vol 40, No.3 Spring 1998.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Participação no XIX SNPTEE
O XIX SNPTEE - Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica será realizado entre os dias 14 a 17 de outubro de 2007, no RIOCENTRO,no Rio de Janeiro.
O SNPTEE, evento que acontece a cada dois anos, é o maior e mais importante do Setor Elétrico Brasileiro. O encontro reúne os principais profissionais do setor, técnicos, gerentes, representantes das diversas empresas de energia elétrica, engenharia, consultoria, centros de pesquisa e universidades, fabricantes de equipamentos e das demais instituições correlatas do país e do exterior.
Na segunda-feira, dia 15 de outubro, dentro do Grupo XV - Grupo de Estudo da Gestão da Tecnologia, da Inovação e da Educação - GTE estarei apresentando o trabalho “GTE 02 - Desenvolvimento de inteligência empresarial voltada para o segmento de transmissão de energia elétrica “, que tem como co-autor o Professor Dr. Osvaldo Quelhas do LATEC/UFF.
Quem estiver participando do XIX SNPTEE está convidado a participar e debater.
Forte abraço
Fernando Goldman
Universidade Corporativa é Gestão do Conhecimento ?
Prezada Maria Bernadete
Como você fêz várias questões, e eu sou meio lento, vou escolher duas que me parecem ser muito esclarecedoras:
"Posicionar-se contra ou a favor das Universidades Corporativas? No que a Universidade Corporativa difere do tradicional Departamento de Treinamento?"
Antes de tudo, é importante entender que não tem a menor importância prática se alguém é contra ou a favor de chamar a área de Educação Corporativa de Universidade ou não. O que realmente importa é que essa área faça as coisas que os autores, que você citou, entre outros, enumeram como indispensáveis à Educação Corporativa no cenário atual do mundo dos negócios.
Como já há muitas empresas com Universidades Corporativas, daqui a pouco vão inventar outro nome mais sofisticado. O nome não importa. O que importa é como funciona e se funciona.
Agora, mais importante ainda é entender que mesmo funcionando às mil maravilhas, essa Super-Hiper-Mega área de Educação Corporativa não conseguiria criar um lugar real ou virtual onde se concentrasse o conhecimento do dia-a-dia da organização. Por isso ela sozinha não é capaz de fazer a Gestão dos Processos de Conhecimento da Organização.Em especial, tem limitações quanto à criação do conhecimento organizacional, a mais importante faceta da Gestão do Conhecimento, pois através dela vem a inovação.
Quanto a diferença de um antigo departamento de treinamento, eu apontaria a preocupação com os 3 C´s: cidadania corporativa, conhecimento técnico/administrativo/social e Contexto(ambiente de negócios).
Se não houver esses 3 aspectos é só um centro de treinamento luxuoso e sofisticado.
Forte abraço
Fernando Goldman
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Gestão do Conhecimento e Educação Corporativa
Prezados
Muitas vezes, surgem confusões conceituais entre o que é Gestão do Conhecimento, Aprendizado Organizacional e Educação Corporativa. Essa última, além de seus tradicionais papéis de complementar a formação, treinar e propiciar o desenvolvimento dos profissionais da organização, pode e deve desempenhar, como parte do processo de Gestão do Conhecimento, papel estratégico ao fornecer importante parcela dos meios para o desenvolvimento da Inteligência Organizacional adequada ao constante alcance da necessária capacidade de adaptação ao ambiente de negócios em que a organização está inserida. Por outro lado, mesmo ações mais modernas de Educação Corporativa, tais como as emblemáticas “Universidades” Corporativas e o Ensino à Distância, têm falhado ao não conseguir lidar adequadamente com o conhecimento tácito.
Deve ficar claro que Gestão do Conhecimento é um processo corporativo muito mais abrangente do que a Educação Corporativa e por isso mesmo trata-se de um erro grave, imaginar que apenas um bem estruturado setor de Educação Corporativa signifique uma eficiente Gestão do Conhecimento.
Forte abraço
Fernando Goldman