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domingo, 22 de abril de 2012

Fazer Gestão do Conhecimento seria simplesmente buscar boas práticas?

Prezados

Eu gostaria de compartilhar com vocês um interessante e esclarecedor parágrafo de um importante artigo * da Teoria da Criação do Conhecimento Organizacional.

Neste artigo Nonaka e Toyama destacam a importância para uma empresa de uma visão própria e inspiradora que a diferencie. Algo que a Gestão Estratégica - e muitos autores a ela relacionados - persegue e que muitas empresas simplesmente jogam por água abaixo, quando - por não saberem bem o que possa significar - entregam suas ações de Gestão do Conhecimento Organizacional aos setores de Capacitação de seus RH, em geral, focados na padronização entre empresas das práticas operacionais de capacitação individual  e incapazes de lidar com as Capacitações Dinâmicas.  

... os lucros não são necessariamente a única finalidade de uma empresa. Se perguntarmos aos gestores porque suas empresas existem, a resposta seria provavelmente diferente de "maximizar o lucro". "Fazer um bom carro" é certamente uma forma de maximizar o lucro, mas também é o objetivo em si, a razão de existir para Honda. Simplificando, as empresas diferem, porque eles querem e se esforçam para serem diferentes. Elas evoluem de forma diferente porque imaginam futuros diferentes, que são baseados em seus próprios sonhos e ideais e também porque adotam diferentes estratégias e estruturas para realizar tais futuros. Mesmo que elas tenham o mesmo objetivo, não significa necessariamente que só há uma melhor solução para o conseguir. Um "bom carro" provavelmente significa algo diferente para a Toyota do que significa para a Honda e suas formas de fazer um bom carro também são diferentes.

Forte abraço
Fernando Goldman

* Nonaka e Toyama, ‘The theory of the knowledge-creating firm: subjectivity, objectivity and synthesis’ ( Industrial and Corporate Change, v. 14, n. 3, p. 419-436, 2005)

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