segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Os meninos-lobo e a Gestão do Conhecimento

Prezados

À medida que avançamos na constatação de que fazer Gestão do Conhecimento Organizacional pressupõe uma certa compreensão de como se dá a cognição humana, na medida do possível, é claro, não se pode prescindir de estabelecer um adequado entendimento das relações entre informação, comunicação e conhecimento.

Em linha com estas idéias, gostaria de recomendar àqueles que ainda não tiveram oportunidade de ler o excelente artigo de Cláudio de Moura Castro ,publicado na Veja, edição 2120, de 8 de julho de 2009, intitulado “Os meninos-lobo”. Segundo o articulista:

"Nossa juventude estará mal preparada para a sociedade civilizada se insistirmos em uma educação que produz uma competência linguística pouco melhor do que a de meninos-lobo"

Vale a pena dar uma olhada neste artigo, que tem importantes elementos para melhor compreender a importância da comunicação para a construção do conhecimento.

O artigo está disponível em :
http://veja.abril.com.br/080709/meninos-lobo-p-024.shtml

Forte abraço

Fernando Goldman

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Grandes Ganhos em Gestão do Conhecimento Organizacional

Prezada Beatriz

Não sei se eu entendi bem sua proposta. O que eu talvez não tenha conseguido explicar é que o conhecimento, existente somente nos conhecedores, por definição, atende aos três critérios elencados na Teoria da Criação do Conhecimento Organizacional. Ele é sempre uma crença justificada em uma verdade. É sempre uma capacitação de agir eficazmente e tomar decisões. Finalmente, é sempre contextual. Sempre, seja ele essencial, avançado ou inovador ou qualquer outra classificação que julquemos oportuna para melhor qualificá-lo.

Portanto, testar se estamos lidando com conhecimento só serviria para confirmar que se trata de conhecimento. Algo interessante, mas não creio que possa nos trazer grandes ganhos quando objetivamos criar um método para que as empresas utilizem melhor o conhecimento como fator de produção, o que a meu ver deveria ser um objetivo da Gestão do Conhecimento Organizacional.

Acho que alguns dos grandes ganhos que são necessários para que as pesquisas sobre Gestão do Conhecimento Organizacional avancem dizem respeito a:
i) diferenciar o conhecimento do Conhecimento Organizacional e entender o Conhecimento Organizacional como fenômeno emergente;
ii) reconhecer o caráter intángivel e específico do Conhecimento Organizacional de cada empresa;
iii) caracterizar o Conhecimento Organizacional como recurso da empresa;
iv) entender a rápida obsolescência do Conhecimento Organizacional;
v) entender o Aprendizado Organizacional como uma mudança de estado de Conhecimento Organizacional que se mostrou satisfatório à adaptação às mudanças no ambiente de negócios da empresa;
vi) a percepção de que a empresa é um sistema e a organização é um processo;
vii) aceitar que nosso foco em Gestão do Conhecimento Organizacional, não é de forma alguma gerenciar os conhecimentos das pessoas, o que por si só seria uma perda de tempo e de dinheiro;
ix) e por aí vai.

Também não sei se seria útil ficarmos testando se algum conhecimento é essencial, avançado ou inovador. O que realmente importa, na minha modesta opinião, é se a empresa usa seu Conhecimento Organizacional para criar as Capacitações Dinâmicas necessárias a que ela consiga estar sendo inovadora eficientemente e eficazmente para cumprir sua efetividade, que é continuar existindo, ou seja, sua longevidade.

Indo nesta linha, estudar as práticas de apoio da Gestão do Conhecimento Organizacional pressupõe ter uma definição clara do que é Gestão do Conhecimento Organizacional. Por isso, acho importante termos uma definição de trabalho.

Forte abraço

Fernando Goldman

Mensagem postada originalmente na comunidade www.sbgcrj.ning.com, em 05.02.2010, às 10:50h.